O governo Jair Bolsonaro (PL) tem o 2º maior aumento acumulado nos preços do diesel e da gasolina, nas refinarias, desde a abertura do mercado no Brasil. Em 2021, a alta foi de 64,7% para o óleo diesel S10 e 68,6% para a gasolina. O acumulado no ano só fica atrás dos mais de 100% de aumento registrados em 2002.
A diferença é que, naquele ano, a alta nas refinarias da Petrobras não foi repassada integralmente para o consumidor final. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço na bomba aumentou 57% para o diesel e 26% para a gasolina. Nas refinarias, a alta foi de 129% e 146,8%, nessa ordem.
Reajustes nas refinarias em 2021 só perderam para os do ano de conclusão da abertura do mercado de refino, no governo FHC
Iniciada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1997, a abertura do mercado de petróleo foi concluída em 31 de dezembro de 2001. No ano seguinte, o Brasil deixou de adotar subsídios cruzados no refino e abriu o mercado interno, repassando os valores internacionais para os combustíveis.
Criada em 2001, a Cide-Combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) serviu como um “imposto regulador“, contou Marcelo Simas, economista sênior da Petrobras de 1998 a 2019.
Bolsonaro tem a 2ª maior alta nos combustíveis desde 2002
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