Finalmente a novela sobre a vacância do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, terminou. Ele mesmo anunciou nesta quinta-feira (30), em entrevista coletiva, sua aposentadoria. O magistrado completará 75 anos em maio, mas optou por antecipar sua saída da Suprema Corte.
O ministro confirmou que entregou à presidente do STF, Rosa Weber, seu pedido de aposentadoria. O documento já foi encaminhado ao presidente Lula (PT) e oficializa a jubilação com 30 dias de antecedência. Esta quinta-feira marcou sua última participação em sessão plenária como ministro.
– Essa minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam, e eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo – disse o magistrado que declarou sair com a certeza de missão cumprida e pronto “para novas jornadas”.
Antes de colocar o ponto final de sua carreira ministerial no tribunal, Lewandowski usou de mais leniência com a casta política do que de costume. Só nos atos mais recentes, o magistrado encerrou três ações contra o presidente Lula, suspendeu processo contra os petistas Antonio Palocci (ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil) e Paulo Okamotto (diretor do Instituto Lula), além de encerrar ação contra o atual vice-presidente de Lula, Geraldo Alckmin, acusado de receber ilegalmente R$ 11,3 milhões de doações da Odebrecht.
Lula deve indicar outro advogado petista para compor a mais alta Corte do país. Em 2009, indicou Dias Toffoli, advogado do PT. E agora, tudo indica que no lugar de Lewandowski o petista indicará seu defensor na Lava Jato, Cristiano Zanin.
Ministro entregou carta de aposentadoria e deixará tribunal 30 dias antes do previsto
Ministro Ricardo Lewandowski Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Lewandowski fez nesta quinta a última sessão plenária no STF
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