O sigilo foi informado na última semana depois de a bancada do Psol na Câmara apresentar um Requerimento de Informação para ter acesso a informações sobre a visita da comitiva do presidente ao país. Em resposta, o Itamaraty classificou os dados como reservados e podem “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados ou organismos internacionais”.
O partido enviou 15 questionamentos sobre a viagem, incluindo questões abordadas na conversa entre Bolsonaro e Vladimir Putin. O Itamaraty disse que não tem competência para “comentar eventuais declarações” do presidente.
A presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na viagem também foi questionada. O ministério disse que a definição de quem integra as viagens presidenciais é de “competência do presidente”. O órgão voltou a destacar que a ida de Carlos não gerou custos ao Governo Federal.
Órgão diz que os dados são reservados por colocarem em risco as relações internacionais do país
O partido perguntou sobre conversas com representantes do aplicativo Telegram, questionando também se houve a participação de Carlos nas reuniões. Em resposta, Itamaraty diz “não ter conhecimento da realização de eventos dessa natureza” durante a viagem presidencial.
Conforme o ofício do ministério, foram gastos U$ 96.850 em passagens e diárias em hotéis, U$ 125.328 em aluguéis de veículos, U$ 9.600 com intérpretes, U$ 12.595 com escritório de apoio e U$ 890 com cerimonial. A hospedagem do presidente foi custeada pelo governo russo.
Governo coloca sigilo sobre viagem de Bolsonaro à Rússia
Confira o conteúdo completo em Poder 360. Todos os Direitos Reservados.