Nesta quinta-feira (25), o Conselho da Polícia Civil de São Paulo aprovou a segunda proposta de demissão do delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha. O processo administrativo será enviado para a Secretaria de Segurança e, em seguida, ao governador Rodrigo Garcia (PSDB) que pode executar a exoneração. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.
Fontes da polícia afirmam que a razão do novo pedido são declarações contra integrantes da cúpula da instituição, entre eles, o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O conselho é formado pelos delegados chefes de departamentos e presidido pelo delegado-geral de polícia.
O primeiro processo foi aberto em maio, pois Da Cunha teria forjado a prisão de um chefe de uma facção criminosa. O delegado tem mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais e conseguiu mais de 30 milhões de visualizações só com esse vídeo. Os registros, no entanto, não tinham a autorização dos superiores, segundo a polícia.
Pessoas ligadas ao comando da polícia em São Paulo acreditam que não haverá definição sobre a demissão antes das eleições. Da Cunha decidiu se candidatar a deputado federal por São Paulo, pelo MDB.
Procurado, o delegado não se manifestou. Em março, depois de retornar à polícia após um período de licença, ele afirmou que tinha cometido erros, mas não entrou em detalhes.
Processo administrativo será enviado para a Secretaria da Segurança e para o governador de SP
Delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha Foto: Reprodução/ Print de vídeo YouTube Delegado da Cunha
Polícia aprova 2º processo de demissão do delegado Da Cunha
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