O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), rejeitou o pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público, para que o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) fornecessem informações sobre o salário do ex-juiz Sergio Moro na consultoria da Alvarez & Marsal.
De acordo com Dantas, medidas desse tipo só devem ocorrer, ainda que o TCU possa solicitar as informações, “quando esgotadas todas as demais ferramentas à disposição” do tribunal. Na decisão, o ministro ainda pediu que o setor de inteligência da Corte prepare um relatório sobre o vínculo de Moro com a consultoria.
– Determino à Segecex que busque nas bases de dados e sistemas disponíveis para acesso deste tribunal todas as informações que possam guardar relação com o vínculo estabelecido entre o ex-juiz Sergio Moro e a Alvarez & Marsal, ou ainda com outras empresas envolvidas na Operação Lava Jato – ressalta o despacho.
Sobre seu salário, Moro divulgou, durante uma transmissão ao vivo feita nesta sexta-feira (28), que recebeu cerca de R$ 240 mil por mês na consultoria da Alvarez & Marsal. De acordo com o pré-candidato à Presidência da República, o montante depositado mensalmente para ele entre 2020 e 2021 foi de 45 mil dólares, o equivalente a R$ 241,65 mil.
Atualmente, o TCU investiga se Moro cometeu irregularidades no período em que trabalhou para a Alvarez & Marsal. A consultoria recebeu 78% de seus honorários de empresas que foram alvos da Lava Jato. Dos R$ 83,5 milhões auferidos pela Alvarez em processos de recuperação judicial e falência, R$ 65,1 milhões vieram de alvos da operação.
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