Nesta terça-feira (12), o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu responsabilizar Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, pelas despesas aos cofres públicos com procuradores da força tarefa. A decisão foi por unanimidade e também incluiu o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Conforme denúncia do Ministério Público ligado ao TCU, outras opções mais econômicas poderiam ter sido utilizadas por Dallagnol para custear locomoção e hospedagem dos procuradores. Os gastos foram de R$ 2 milhões.
Em seu parecer, o relator Bruno Dantas aponta que há indícios para caracterizar ao menos três irregularidades: falta de fundamentação adequada para a escolha do modelo de locomoção; violação ao princípio da economicidade; e ofensas ao princípio da impessoalidade.
Com a decisão, o TCU converteu o processo “em tomada de contas especial”. Agora, a segunda Câmara do TCU vai investigar o caso e aplicar eventuais ressarcimentos.
O TCU deverá solicitar ao Ministério Público de Contas que “identifique e elabore proposta de citação dos procuradores que propuseram o modelo de força-tarefa adotado na Lava Jato, analisando especificamente o papel do procurador Deltan Martinazzo Dallagnol, que era conhecido como coordenador da força-tarefa e era o procurador natural do caso”.
Foram gastos pela União cerca de R$ 2 milhões em diárias e passagens para procuradores da Operação
Deltan Dallagnol Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
TCU decide responsabilizar Dallagnol por gastos na Lava Jato
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