Quem é Raquel Dodge? A atual Procuradora-Geral da República é Raquel Elias Ferreira Dodge. Vamos explicar detalhadamente para você quem é essa mulher vitoriosa.
Raquel foi indicada na época em que Michel Temer era Presidente da República e cumpre um mandato que vai de setembro de 2017 até setembro de 2019.
Vida Pessoal de Raquel Dodge
Raquel Dodge tem 57 anos, é natural de Morrinhos, em Goiás. Raquel casou-se em 1992 com um cidadão americano que leciona na Escola das Nações e tiveram portanto, dois filhos.
Com o seu desejo de fazer seu mestrado em Harvard, Raquel teve que procurar um professor de inglês. Foi então que conheceu o seu atual esposo, Bradley Dodge. Entretanto depois de casados e com um casal de filhos, a família partiu temporariamente para os Estados Unidos e a atual PGR conseguiu o seu mestrado no exterior.
Formação Profissional de Raquel Dodge
A atual PGR se formou em Direito pela UnB e se tornou mestre pela mesma instituição em Direito e Estado, no ano de 1986. Em 2007 no entanto, Raquel se tornou mestre em direito pela Universidade de Harvard Law School.
Contudo antes disso, atuou como “fellow” no Programa de Direitos Humanos Universidade de Harvard nos anos de 2005 e 2006. Também foi “visiting researcher” no Programa de Pós-Graduação ministrado pela Harvard Law School nos anos de 2007 e 2008.
Trajetória Profissional de Raquel Dodge
A Procuradora-Geral passou como segunda colocada no concurso do Ministério Público Federal em 1987, onde trabalhava com direito do consumidor e assuntos relacionados à ordem econômica. Promovida por merecimento, passou a ser procuradora regional da República e, depois, subprocuradora-geral da República. Além disso, Raquel já atuou como coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público.
Como procuradora do MP no entanto, Raquel atuou fortemente no combate a situações de trabalho análogas à escravidão e direitos dos indígenas. Entretanto segundo a página do Ministério Público Federal, Raquel Dodge “Tem intensa atuação nas áreas criminal, defesa de direitos humanos, meio ambiente e patrimônio público, índios e minorias (demarcação de terras, resolução de conflitos, construção de escolas, saúde indígena), consumidor e ordem econômica e também eleitoral.”
No ano de 2009, porém, o ex-PGR Roberto Gurgel convidou a procuradora para coordenar uma força-tarefa de combate a corrupção, a Operação Caixa de Pandora, também conhecida como o “Mensalão do DEM”. O esquema corrupto no entanto envolvia o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, além de diversos outros políticos influentes da época.
Quer saber quem é Raquel Dodge?
Dodge também integrou por três vezes consecutivas o Conselho Superior do Ministério Público.
No mês de junho de 2017, o então presidente da República, Michel Temer escolheu Raquel para ser a nova PGR, baseado em uma lista tríplice que foi enviada da Associação Nacional dos Procuradores da República ao Presidente. O Senado Federal, então, aprovou a indicação de Raquel Dodge por 74 votos a 1 e ela tomou posse no mês de setembro do mesmo ano.
É função do PGR atuar no Plenário do Superior Tribunal Federal (STF) e designar subprocuradores-gerais da República com a finalidade de que eles atuem em turmas do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto também é função do PGR atuar como procurador-geral da justiça eleitoral mediante o Tribunal Superior Eleitoral quando o assunto tiver alguma ligação com a eleição presidencial.
Principais atuações como PGR
Geddel Vieira Lima
- Raquel já iniciou sua atuação agradando a população brasileira. Em outubro de 2017, a PGR solicitou ao STF uma autorização para que a Polícia Federal continuasse investigando Geddel Vieira Lima, em razão da Operação Lava Jato.
Antônio Celso Greco
- Em 2018, Dodge também entrou com um pedido de prisão de um ex-assessor de Michel Temer. Juntamente com esse pedido, ela solicitou a prisão do ex-ministro do governo Dilma, Wagner Rossi e do empresário Antônio Celso Greco, além de outras pessoas envolvidas na Operação Skala, que investigava o favorecimento de empresas do setor portuário por causa de um decreto assinado pelo então presidente Michel Temer.
Aécio Neves
- Ela também reiterou uma denúncia contra o ex-candidato Aécio Neves, com as acusações de corrupção e de obstrução da justiça.
Lula
- No mês de abril de 2018, a PGR ofereceu denúncia contra o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo, o empresário Marcelo Odebrecht e o ex-chefe de Gabinete Leones Dall’agnol. As acusações são de corrupção ativa e passiva, além de crime de lavagem de dinheiro.
Rogério Fraveto
- Mais recentemente, Raquel Dodge solicitou a continuação das investigações contra o Ministro Rogério Fraveto. O Ministro havia emitido uma decisão para liberar o ex-presidente Lula da prisão em julho de 2018. Fraveto foi investigado por prevaricação ao dar uma decisão fora de sua jurisdição e sem competência para tal ato. O Ministro Luis Roberto Barroso arquivou a investigação, mas Raquel Dodge recorreu da decisão.
Sila Câmara
- Ela também solicitou que o deputado federal Silas Câmara, do partido PRB-AM, seja condenado com pena de reclusão e pagamento de multa pelo crime de peculato ao se apropriar do salário de servidores contratados por ele e também pela nomeação de funcionários fantasmas. Além disso, Raquel pediu o ressarcimento do valor desviado, monetariamente corrigido e com juros mais indenização por danos morais causados ao patrimônio público.
Petrobrás
- Raquel defendeu perante o STF que o valor pago pela Petrobras em um acordo com os Estados Unidos vá para a educação. O acordo exigia que uma multa fosse paga pela Petrobrás com a finalidade de acabar com as investigações, em órgãos do EUA, sobre irregularidades descobertas pela Operação Lava Jato. Foi então que Dodge se manifestou solicitando que o valor seja aplicado em ações específicas, de maneira que não volte, direta ou indiretamente, para a Petrobrás. Ela citou como exemplo de destinatários diversos programas que fazem parte do Ministério da Educação.
Lava Jato
- Raquel Dodge assinou um acordo de cooperação em nome do Brasil com o procurador-geral da confederação suíça. O objetivo do compromisso era de ampliar a cooperação entre os dois países no combate ao crime transacional. O objetivo principal deste acordo é fazer com que haja uma maior troca de informações durante investigações penais, em especial quando estiverem relacionadas a crimes como lavagem de dinheiro e corrupção.
Tais crimes tiveram grande recorrência ao longo da investigação da Operação Lava Jato.
Portanto Raquel Dodge pode ser chamada de uma verdadeira guerreira e demonstra a força da mulher brasileira.
Essa foi uma análise levantada através de dados sobre nossa Procuradora Geral da República, mas você pode conferir mais.
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