O PT pediu que o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, apure se a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) na motociata de 6ª feira (15.abr.2022) consiste em abuso de poder político e econômico, práticas que podem levar à cassação de mandato e à inelegibilidade.
Segundo o partido, Bolsonaro usou uma aeronave do governo para se deslocar de Brasília a São Paulo, onde foi realizada a motociata em apoio ao presidente. Também afirma que o evento foi financiado com dinheiro privado, sem registro da movimentação financeira, e que houve campanha eleitoral antecipada.
“Além do dinheiro público investido no evento, que tinha nítido caráter eleitoreiro, também houve arrecadação de dinheiro privado para tanto, em desconformidade com a legislação eleitoral, a qual prevê ser obrigatório a abertura de conta bancária específica para o registro de todo movimento financeiro de campanha”, diz o PT.
Partido quer apuração de suposto abuso de poder político e econômico; prática pode levar à cassação e inelegibilidade
O texto é assinado pelos advogados Cristiano Zanin, Eugênio Aragão, Valeska Teixeira Zanin Martins, Angelo Longo Ferraro, Maria de Lourdes Lopes, Marcelo Winch, Victor Lugan, Miguel Filipi Pimentel, Eduarda Quevedo e Carolina Costa Ferreira. Eis a íntegra do pedido de investigação (1 MB).
O pastor Jackson Vilar foi o organizador da motociata. O evento foi batizado de “Acelera para Cristo”. O partido afirmou na ação que houve a solicitação de uma contribuição de R$ 10 para participar no evento. O valor daria direito a uma “área vip”, garantindo maior proximidade com o presidente.
PT pede que Aras apure participação de Bolsonaro em motociata
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