A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve uma arma de fogo apontada contra sua cabeça na noite de quinta-feira (1°), mas o principal suspeito, o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, não conseguiu consumar o atentado. O motivo da arma não ter disparado ainda não foi revelado pelas autoridades argentinas, mas ao menos três hipóteses podem explicar o mau funcionamento da pistola, de acordo com o advogado Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-integrante Instituto Sou da Paz.
Em entrevista ao Estadão, Marques elencou razões que poderiam ter levado a arma a não cumprir o papel pretendido pelo atirador, desde falha na munição – provocada por mal armazenamento ou esgotamento do prazo de validade – até inabilidade no manuseio por parte do suspeito.
– A munição podia estar com uma pólvora velha, com um disparador ineficiente. Com uma munição velha, o componente explosivo perde sua validade. A arma até aciona o disparador da munição, mas ela não explode. Ou seja, a pólvora não queima – explicou o advogado
Nenhuma perícia da arma ou das munições foi apresentada às autoridades argentinas até o momento, mas informações oficiais e extraoficiais dão um cenário do que foi o ataque. De acordo com informações veiculadas pela Rádio Mitre e pelo jornal La Nación, a arma carregada pelo atirador era uma pistola semiautomática Bersa Thunder 380, de fabricação argentina. Em um pronunciamento em rede nacional, o presidente Alberto Fernández afirmou que a arma estava carregada com cinco balas.
– Cristina permanece com vida porque, por alguma razão, a arma que contava com 5 balas não disparou, apesar de ter sido engatilhada – afirmou Fernandez na noite de quinta.
Vice-presidente da Argentina sofreu atentado nesta quinta-feira
Homem apontou arma na direção do rosto de Cristina Kirchner Foto: Reprodução/Twitter
Por que a arma não disparou contra Kirchner? Veja hipóteses!
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