Por Lula, PSB quer se aliar ao PT mesmo sem resposta de Alckmin

Por Lula, PSB quer se aliar ao PT mesmo sem resposta de Alckmin


Mesmo sem resposta de Alckmin sobre uma possível filiação, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) já tem negociado uma aliança com Partido dos Trabalhadores (PT) para ajudar a eleger Lula. De acordo com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o PT precisa, no entanto, estar “disposto a colaborar com as nossas candidaturas”.

No momento em que a construção de uma federação com o PT enfrenta entraves em torno de candidaturas estaduais, Siqueira foi às redes sociais defender que alianças políticas sejam programáticas, e não apenas eleitorais. O PSB convidou Alckmin, provável vice de Lula, para filiar-se ao Partido em dezembro, mas ainda aguarda a resposta do ex-tucano.

– Convidei Alckmin a ingressar no PSB no dia 13 de dezembro, ele não é do PSB ainda, fiz o convite mesmo ele não sendo uma pessoa com perfil de esquerda, mas entendendo que o momento pede essa discussão mais ao centro. Ele tem muitos amigos de esquerda aqui, incluindo eu, mas ainda não nos deu resposta – disse Siqueira ao blog da Andréia Sadi, do G1.

Independente de Alckmin, PT e PSB tentam viabilizar um acordo para se unirem nas eleições de outubro, mas ainda divergem sobre quem terá o direito de indicar a cabeça de chapa nas candidaturas aos governos de Pernambuco, São Paulo e mais quatro estados.

– Coligação partidária implica em afiar ideias para avançar em um projeto de país. Ela deve ser programática, ideológica, e não apenas eleitoral, sob pena de repetirmos o passado. Precisamos ir além – escreveu Siqueira.

Diferentemente das coligações, as federações vão além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, tem defendido que as legendas estarão juntas nas eleições, se não federadas, coligadas.

Em entrevista nesta terça-feira (18), Siqueira criticou o que chamou de “visão exclusivista” do partido de Lula. Embora se trate de uma “atitude natural” de quem tem a maioria, segundo ele avalia, o partido precisaria ceder espaço para permitir a ampliação do centro.

– Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas. Porque, afinal de contas, serão elas todas palanques do presidente Lula por todo o país – afirmou. As declarações foram feitas ao jornal Correio Braziliense.

O prazo para registro de federações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina no início de abril, seis meses antes do pleito. Gleisi Hoffmann e Siqueira se reunirão para discutir o assunto nesta quinta-feira (20), em Brasília.

Embora ambas as siglas tenham o mesmo interesse no plano nacional, eleger o ex-presidente Lula, as negociações esbarram no desejo de lançar candidatos próprios nos estados. Em São Paulo, por exemplo, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad, que disputaria contra Márcio França, candidato de Doria.

Com informações da AE

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