Perito da Polícia Civil morto por militares foi jogado vivo no rio

Perito da Polícia Civil morto por militares foi jogado vivo no rio – News Brazil

O laudo de necropsia realizado no papiloscopista Renato Couto, morto por militares da Marinha após se envolver uma discussão por conta de peças furtadas de sua obra, indicou que o perito apresentava sinais de afogamento, com areia e lama nas vias aéreas. O resultado confirma que Renato foi jogado vivo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense, após ser baleado.

No documento, os peritos do Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que Renato poderia ter sobrevivido caso não fosse lançado no rio e tivesse sido socorrido em tempo hábil. O papiloscopista foi atingido por disparos no abdômen, na cintura e na perna antes de ser jogado na água.

O laudo ainda indicou que o tiro que atingiu a perna de Renato foi o mais grave, mas foi atenuado pelo fato de ter sido “parcialmente contido pelos tecidos do entorno”, o que diminuiu “a hemorragia externa”. Por esse fato, de acordo com o documento, o papiloscopista não morreu imediatamente e poderia ter recebido “o atendimento emergencial necessário”.

O corpo do perito foi achado apenas na manhã da última segunda-feira (16), três dias após o crime, após ter sido reconhecido por parentes ainda na margem do rio onde foi lançado.

SOBRE O CASORenato, que era papiloscopista do Instituto de Identificação Félix Pacheco, foi morto pelos militares da Marinha na última sexta (13). O crime aconteceu após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte da capital fluminense.

Laudo apontou que Renato Couto apresentava sinais de afogamento, com areia e lama nas vias aéreas

Perito morto por militares Foto: Arquivo Pessoal

Perito da Polícia Civil morto por militares foi jogado vivo no rio

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