Neste domingo (23) foi comemorado o Dia Mundial do Livro. De acordo com a Sociedade Bíblica do Brasil, a Bíblia continua ano após ano como o livro mais lido e vendido do mundo. Ainda assim, há países onde o acesso às Escrituras é proibido ou limitado, como na China, que ocupa a 16ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Um exemplo desse desafio é a solicitação que uma escola primária enviou para os pais dos alunos na cidade de Wenzhou. No recado, a coordenação pedia aos responsáveis que prometessem que não ensinariam religião para os filhos. Uma professora confirmou o pedido para colaboradores da ONG China Aid.
No documento, os pais afirmam que “não professarão religião alguma, nem participarão de atividades religiosas ou disseminarão religião em lugar algum”. Eles também prometeram seguir a disciplina do Partido Comunista da China e não violar se juntar a cultos religiosos, o que inclui as igrejas domésticas, pois são vistas como grupos religiosos ilegais.
JERUSALÉM DA CHINA
A cidade de Wenzhou é conhecida como a Jerusalém da China, por causa da grande comunidade cristã local. A medida é vista como uma grande repressão à liberdade dos cristãos. Desde 2013, a China lança campanhas de destruição de centenas de igrejas e esculturas da cruz na cidade e em toda a província de Zhejiang.
Em 2017, as igrejas e acampamentos cristãos foram banidos como parte do processo de sionização imposto pelo líder chinês, Xi Jinping, que busca criar uma sociedade baseada nos valores do Partido Comunista da China.
Escola primária solicitou a promessa por meio de um documento
Muitos pais foram contra a restrição e estão tirando seus filhos da escola Foto: Portas Abertas
Pais tiveram que prometer não ensinar religião aos filhos
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