Pai do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), o ex-deputado estadual Coronel Jairo (MDB) não teve seu celular apreendido durante a operação realizada na manhã de sexta-feira (26) como parte da investigação da morte do menino Henry Borel. Aos policiais, Jairo alegou que o aparelho já havia sido levado por policiais federais em 2018.
A polícia fez buscas e apreensões nas residências onde Monique Almeida, mãe de Henry, e o vereador Dr. Jairinho, que era padrasto da criança, estão morando desde a morte do menino de 4 anos. O casal optou por ficar em casas separadas desde a morte do menino, que ocorreu no dia 8 de março.
Jairo foi quem abriu a porta da casa dele, e onde o filho vereador está abrigado, para o delegado Henrique Damasceno e outros dois policiais entrarem na manhã de sexta. O ex-deputado já foi preso em 2018, como parte da Operação Furna da Onça, por suspeita de participação no “mensalinho” da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A OPERAÇÃO DE SEXTA-FEIRAA busca e apreensão feita pela 16ª DP na sexta-feira ocorreu em três endereços ligados a familiares do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morto na madrugada do último dia 8. Na casa de coronel Jairo, onde mora atualmente Jairinho, padrasto da criança, foram encontrados cinco celulares e um laptop.
Na casa da família da professora Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe de Henry, onde, além dela, estavam sua mãe, também professora, seu pai, um funcionário civil da Aeronáutica, e seu irmão, foram apreendidos quatro aparelhos celulares.
Também foi apreendido o telefone e o computador do engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry, em uma cobertura na Estrada do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes. As medidas cautelares foram deferidas pela juíza do II Tribunal do Júri, que também concedeu a quebra de sigilo telefônico e telemática das testemunhas.
O FATOO menino Henry Borel Medeiros morreu no último dia 8 de março, em um hospital da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do domingo (7), ele levou o filho de volta para casa onde este morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o médico e vereador do Rio, Dr. Jairinho.
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 de segunda (8), ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Ao chegar ao hospital Barra D’Or, Monique e Dr. Jairinho informaram ao pai da criança que eles ouviram um “barulho estranho durante a madrugada e, quando foram até o quarto ver o que estava acontecendo, viram que a criança estava com os olhos virados e com dificuldade de respirar”.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.
Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping onde o garoto foi a um parquinho e do condomínio em que Leniel Borel morava. Segundo os investigadores, o menino chegou aparentemente saudável aos locais.
Na quarta-feira (17), Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos separadamente por cerca de 12 horas, na 16ª DP. De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.
OUTROS DEPOIMENTOSAlém da faxineira, a avó materna do menino também foi ouvida pelos investigadores na quarta-feira (24), assim como uma ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, que acusou o político de ter agredido a filha dela anos atrás.
Além dela, uma outra mulher, que disse ter tido uma relação com Jairinho, também prestou depoimento na 16ª DP. Ela afirmou que teve brigas com o vereador, mas que jamais sofreu agressões.
A polícia também já ouviu uma enfermeira e duas médicas do Hospital Barra D’Or. Elas atenderam Henry na madrugada do dia 8 de março. O perito do IML que fez o laudo de necropsia também já prestou depoimento.
A faxineira Rosângela, que trabalhava no apartamento da família do menino Henry Borel, prestou depoimento à polícia sobre o dia do fato, mas trouxe uma versão diferente daquela apontada por Monique Medeiros, mãe do garoto, na investigação da morte da criança que faleceu na madrugada do dia 8 de março, no Rio de Janeiro. Em sua declaração aos policiais, Rosângela disse que foi avisada sobre a morte de Henry no dia em que foi trabalhar.
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