A demora na instalação das tornozeleiras eletrônicas fez com que mais de 120 pessoas presas por participação nos atos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília, sejam obrigadas a passar mais uma noite na cadeia. Os manifestantes detidos tinham recebido alvará de soltura expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Os alvarás foram publicados entre a noite de segunda-feira (27) e nesta terça-feira (28). No total, 173 denunciados ganharam direito de ficar em liberdade provisória. Porém, somente 48, ou seja, menos de um terço deles, foram definitivamente liberados até o momento.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) explicou que a lentidão se deve à demora no trâmite processual. Segundo a pasta, cada instalação de tornozeleira eletrônica dura cerca de uma hora. A pasta ainda verifica se a pessoa tem outras pendências com a Justiça e se há algum erro documental.
Por sua vez, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP) informou que a Seape recebeu 143 alvarás expedidos, um número menor que o publicado pelo STF.
A instalação da tornozeleira eletrônica é feita no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), em Brasília. Os presos são levados para o local escoltados. Os homens estão no Presídio da Papuda e as mulheres, na penitenciária feminina chamada Colmeia.
Houve demora na instalação de tornozeleiras eletrônicas
Alexandre de Moraes Foto: EFE/Joédson Alves
Mesmo após decisão de Moraes, mais de 120 presos passam mais uma noite na cadeia
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