Conversas de WhatsApp encontradas pela Polícia Federal (PF) em celulares apreendidos na Operação Ptolomeu reforçam as suspeitas de corrupção que recaem sobre o governador do Acre Gladson Cameli (PP). Os diálogos foram classificados como “chocantes”, “estarrecedores” e “gravíssimos” pelos investigadores.
Relatório de 444 páginas subscrito pelos delegados Pedro Henrique Do Monte Miranda e Anderson Rodrigo Andrade De Lima, da Divisão de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da PF no Acre, detalha as trocas de mensagens.
O governador é o principal alvo da investigação conduzida e tem sido apontado nos relatórios parciais do inquérito como o líder de um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio do direcionamento e superfaturamento de contratos, com a ajuda de familiares. Cameli nega as acusações.
A PF chegou a pediu o afastamento do governador, mas a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu mantê-lo nas funções, por não ver indícios de que ele tenha tentado usar o cargo para obstruir a investigação. Galdson foi reeleito no ano passado.
Uma das conversas que chamou a atenção da Polícia Federal foi entre Gladson e seu primo, Linker Cameli, apontado como “gerente” da construtora Colorado, que segundo os investigadores seria controlada por Eládio Cameli, pai do governador.
Gladson Cameli teve conversas de WhatsApp capturadas pela Polícia Federal
Gladson Cameli, governador do Acre Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Mensagens de governador do Acre são “chocantes”, diz PF
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