Hacker que foi preso possuia mais de 600 Mil Reais em sua conta e de sua namorada

Material do Intercept é fruto de crime, diz hacker. Intercept ainda não se manifestou

Hacker que foi preso possuia mais de 600 Mil Reais em sua conta e de sua namorada
Hacker que foi preso possuia mais de 600 Mil Reais em sua conta e de sua namorada
Walter Delgatti Neto, considerado o líder da organização criminosa desarticulada nesta terça-feira (23), confirmou à Polícia Federal (PF) ter sido responsável pela invasão dos celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do procurador da República, Deltan Dallagnol, e de outras centenas de autoridades dos três poderes.

Segundo o jornalista Cláudio Dantas, em O Antagonista, “Delgatti está colaborando com as investigações”.

Delgatti Neto permitiu que a PF tivesse acesso a todos os seus arquivos armazenados em nuvem e confirmou aos investigadores que o material divulgado pelo site panfletário Intercept é fruto do ataque cibernético.

Segundo o hacker, houve casos apenas de invasões a celulares, outros de roubo de dados e ainda de sequestro da linha para simular conversas com terceiros.

Hacker preso pela PF confirmou que material divulgado pelo site do norte-americano Glenn Greenwald é fruto do ataque cibernético.

PRISÃO DE HACKERS É VITÓRIA DE MORO
Policiais federais detiveram no estado de São Paulo, quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os detidos também são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro.

Em nota, a Polícia Federal se limitou a informar que os quatro suspeitos foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e integram uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica, que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Ainda de acordo com a PF, as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados. Procurado, o ministro Sergio Moro ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A assessoria da PF informou que, por ora, não fornecerá detalhes a fim de não atrapalhar as investigações.

No começo de junho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que hackers tinham tentando invadir o telefone celular de Moro. De acordo com a pasta, o ministro só percebeu a tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Após a chamada, Moro recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que o ministro afirma que já não usava há cerca de dois anos. Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a Polícia Federal.

Dias depois, trechos de mensagens que o ministro trocou com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), passaram a ser divulgados por veículos de imprensa, principalmente, pelo site The Intercept Brasil. Segundo o site, os arquivos foram entregues por uma fonte anônima.