Liminar tira Renan Calheiros da relatoria da CPI da Covid

Liminar tira Renan Calheiros da relatoria da CPI da Covid


Uma decisão liminar da Justiça Federal de Brasília determinou nesta segunda-feira (26) que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) não poderá ser relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que está marcada para ser instalada nesta terça-feira (27) no Senado Federal. A Justiça acolheu uma ação popular ajuizada pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

Sem entrar no mérito da ação, o juiz de primeira instância afirmou que tomou a decisão por prudência para “evitar prejuízo para o desenvolvimento dos trabalhos da CPI e à própria atividade parlamentar do senador demandado”. Com a sentença, o magistrado determina que Renan não possa ser submetido à votação de amanhã para compor a CPI.

– Determino que a União diligencie junto ao Senado da República, na pessoa do seu presidente, para que este obste a submissão do nome do Ilustríssimo Senhor Senador José Renan Vasconcelos Calheiros à votação para a composição da CPI da Covid-19 na condição de relator, exclusivamente até a juntada das manifestações preliminares dos requeridos – diz trecho da decisão.

Na última semana, o nome de Renan foi alvo de fortes críticas por parte de deputados e senadores, especialmente da base do governo, por conta das inúmeras denúncias e processos na Justiça pelos quais o senador responde.

Ao falar da ação de sua autoria, Zambelli chegou a ressaltar também que a possibilidade de a CPI investigar o filho de Renan, o governador de Alagoas Renan Filho, poderia prejudicar a idoneidade dos trabalhos do colegiado.

– Ele não pode ser relator porque é alvo de processos na Justiça e tem como filho o governador de Alagoas, Renan Filho. Nenhum brasileiro em sã consciência gostaria que um pai investigasse seu próprio filho – destacou.

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