O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 4ª feira (13.abr.2022) que a inflação de alimentos ainda deve durar muito tempo por causa da guerra na Ucrânia. Deu a declaração em cerimônia de assinatura do decreto que institui o Certificado de Crédito de Reciclagem, o Recicla+.
“Acompanhamos os problemas a 10.000 quilômetros de distância. A Ucrânia é grande exportador de trigo. E isso tem repique, repique na inflação do mundo todo. Pelo que se tem demonstrado, a inflação na questão alimentar terá que ser convivida por um longo tempo ainda”, disse.
No discurso, o presidente disse ainda que seu governo resiste aos empecilhos na área econômica. Afirmou que a inflação dos Estados Unidos, por exemplo, é maior que a do Brasil. Porém, o índice registrado em março mostra o contrário. O norte-americano foi de 8,5% e o brasileiro, de 11,3%.
Presidente diz que a taxa inflacionária dos EUA está maior que a brasileira; número de março, porém, mostra o contrário
“Nós resistimos. O Brasil é um país que, na economia, tem despontado como um daqueles que menos sofreu perante o mundo. Aqui não se tem notícia de escassez de alimentos. Em países outros, além de uma inflação muito maior do que a ocorrida no Brasil, como Estados Unidos, 8,5%, já existe desabastecimento de alguns produtos”, declarou.
A inflação do Brasil subiu menos que nos Estados Unidos e na Zona do Euro em 1 ano. Ao considerar o resultado no acumulado de 12 meses até março, a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) passou de 6,1% para 11,3% em 1 ano, ou 5,2 pontos percentuais a mais do que o mesmo período de 2021.
Inflação de alimentos vai durar longo tempo, diz Bolsonaro
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