Os funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) lançaram oficialmente nesta 3ª feira (14.jun.2022) o dossiê “Fundação anti-indígena: um retrato da Funai sob o governo Bolsonaro”, denunciando a militarização do órgão durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O documento, feito em uma parceria da associação de funcionários da Funai, a INA (Indigenistas Associados), com o Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), é publicado em meio à investigação do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo no Vale do Javari, no Estado do Amazonas. Eis a íntegra (2 MB).
Segundo o documento, em 39 Coordenações Regionais, a Funai atualmente conta com só 2 chefes titulares funcionários do órgão, enquanto 17 militares, 3 policiais militares, 2 policiais federais foram nomeados. Além desses, a instituição tem também 6 profissionais sem um vínculo anterior com a administração pública.
Das 39 Coordenações Regionais no órgão, 22 são ocupadas por militares e policiais
O dossiê fala na criação de uma “Nova Funai” durante o governo Bolsonaro. O documento relembra a publicação do livro institucional “Funai: autonomia e protagonismo indígena”, em agosto de 2021, e destaca que os novos entendimentos divulgados na obra não foram construídos “junto às comunidades”. Uma 2ª edição do livro foi publicada em abril de 2022.
“Na Nova Funai, manifestações indígenas foram recebidas com bombas de gás lacrimogêneo e lideranças denunciadas, como se criminosas, à Polícia Federal”, diz o dossiê.
Dossiê fala em militarização da Funai no governo Bolsonaro
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