O Ministério Público Federal (MPF) decidiu denunciar três pessoas pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. São eles: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha.
De acordo com o Ministério Público Federal, Amarildo, Oseney e Jefferson devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia foi apresentada à Justiça Federal em Tabatinga (AM). De acordo com o MPF, o juiz do caso já acolheu a denúncia e, com isso, tornou os investigados réus.
Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho, enquanto faziam uma viagem na terra indígena do Vale do Javari, no interior do Amazonas. Os restos mortais dos dois só foram encontrados no dia 15 de junho, após um dos suspeitos confessar envolvimento no crime e levar a polícia até o local onde os corpos foram deixados. Os três denunciados pelo MPF estão presos.
À Justiça, o MPF afirma que Amarildo e Jefferson confessaram o crime e diz que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas. A denúncia ainda inclui prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados.
O Ministério Público Federal também ressaltou que havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena. A motivação dos assassinatos, por sua vez, teria sido o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena.
Principais envolvidos nos assassinatos devem responder por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver
Dom Phillips e Bruno Pereira foram mortos no Amazonas Foto: Estadão Conteúdo/Wilton Junior
Dom e Bruno: MPF denuncia e Justiça torna três homens réus
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