Equador e Peru escolhem novos presidentes neste domingo (11) com uma série de protocolos sanitários em razão da pandemia do coronavírus, que recentemente se recrudesceu nos países da América do Sul.
Os equatorianos têm um segundo turno entre um empresário conservador e um protegido do ex-presidente de esquerda Rafael Correa, enquanto os peruanos têm 18 opções de escolha no primeiro turno. Todas as cadeiras no congresso do Peru também são disputadas.
As eleições ocorrem em meio a um aumento nos casos de Covid-19 em ambos os países e um avanço insuficiente em seus programas de vacinação. As restrições de circulação voltaram, o que ameaça mais danos às economias já abaladas das nações.
No Equador, os eleitores foram obrigados a usar máscara, trazer seu próprio desinfetante para as mãos e lápis, manter uma distância de 1,5 metro de outras pessoas e evitar qualquer contato pessoal no local de votação. O único momento em que os eleitores poderão baixar a máscara será durante o processo de identificação.
As autoridades eleitorais no Peru agendaram horários específicos para as pessoas votarem para evitar a superlotação nas urnas. As pessoas terão de limpar os sapatos em tapetes desinfetantes, usar máscaras, passar por uma verificação de temperatura e carregar sua própria caneta de tinta azul.
O segundo turno do Equador apresenta o candidato de esquerda Andres Arauz, que liderou o primeiro turno com mais de 30% em 7 de fevereiro, e o ex-banqueiro Guillermo Lasso, que chegou à final ao terminar cerca de meio ponto percentual acima do candidato ambientalista e indígena Yaku Pérez.
O país está mergulhado em uma recessão que muitos temem que deva piorar com o retorno das restrições de circulação por causa de um aumento nos casos de Covid-19. O Equador registrou mais de 341 mil casos e mais de 17 mil mortes até sexta-feira (9).
Enquanto isso, a eleição do Peru se transformou em uma competição de popularidade em que um candidato até mesmo abordou como ele suprime seus desejos sexuais. O campo lotado de aspirantes à presidência surge meses depois que o caos político do país atingiu um novo nível em novembro.
Para evitar um segundo turno em junho, um candidato precisa de mais de 50% dos votos, e as pesquisas recentes mostram que o candidato líder obtém apenas cerca de 15% de apoio.
Nas pesquisas, o candidato de centro Yonhy Lescano foi seguido pelo de centro-direita George Forsyth, o conservador Rafael López Aliaga e Keiko Fujimori, líder da oposição e filha do ex-presidente Alberto Fujimori.
O país está entre os mais atingidos pela Covid-19, com mais de 1,5 milhão de casos e mais de 53.400 mortes até sexta-feira.
*Estadão
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