Quase três meses após a contratação da assessoria financeira Laplace, a concessionária de energia Light entregou nesta sexta-feira (12) seu pedido de recuperação judicial. A companhia informou por meio de fato relevante, divulgado nesta sexta-feira (12), que as obrigações que eventualmente poderão ser renegociadas por meio da recuperação judicial somam cerca de R$ 11 bilhões.
A Light diz que vinha avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras, “inclusive mediante tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso na presente data”. No entanto, a Light cita que a situação se agravou, “embora siga avançando nas negociações”.
O pedido segue-se a uma tentativa de mediação forçada com credores, levada à Justiça pelos escritórios Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo Cotta e pelo Galdino & Coelho, que também suspendia as cobranças por 30 dias. O prazo expirou nesta quinta-feira (11).
A pretensão da Light era, não só avançar numa conversa com seus credores, mas também com a Aneel, órgão regulador, para antecipar à renovação da concessão em termos financeiros melhores aos que a companhia tem hoje. As negociações com os credores, no entanto sequer começaram, de acordo com fontes próximas à questão.
Uma das dificuldades que a Light enfrentou para avançar nas negociações era o fato de que alguns grupos não quiseram assinar acordos de confidencialidade que lhes permitiria ter acesso a informações mais completas sobre a companhia, já que a contrapartida seria a impossibilidade de negociação dos títulos no mercado secundário.
Pedido segue-se a uma tentativa de mediação forçada com credores
Light pediu recuperação judicial Foto: Reprodução/YouTube Light
Com dívidas de R$ 11 bilhões, Light pede recuperação judicial
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