Grupo MST se queixa de sofrer invasão em acampamento

Após invasões do MST, agro fala em estímulo à polarização ideológica – News Brazil

As primeiras ações significativas do Movimento dos Sem Terra (MST) durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva provocaram imediata reação do agronegócio, acentuando o clima de desconfiança do setor sobre a garantia de segurança jurídica no campo. Desde segunda-feira (27), cerca de 1,7 mil integrantes do MST invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia.

O movimento atribuiu as ações à demora do governo em nomear o comando nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Líderes sem-terra também reclamam do que consideram uma lenta substituição nas superintendências estaduais. As invasões, com dois meses de governo, contrariam o discurso de Lula na campanha. O petista chegou a dizer que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano.

Recriado na atual gestão, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o titular da pasta, o petista Paulo Teixeira, foram procurados pela reportagem, mas não haviam se manifestado até a conclusão desta edição. O Incra divulgou um comunicado protocolar apenas.

O silêncio do governo em assunto sensível para empresas e entidades do agronegócio foi mal recebido no setor. A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura – que reúne centenas de entidades, empresas e representantes do setor financeiro, incluindo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), além de Cenibra, Cargill, Carrefour, bancos Bradesco e BTG Pactual, entre outras -, divulgou nota de repúdio na qual afirma que a invasão de áreas produtivas da Suzano podem “alimentar a traumática polarização ideológica” no País.

– O ato ignora preceitos constitucionais e prejudica a geração de emprego e renda na região – diz a Coalizão.

Silêncio do governo em assunto sensível para empresas e entidades do agronegócio foi mal recebido no setor

Bandeira do MST Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil

Após invasões do MST, agro fala em estímulo à polarização ideológica

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