A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta quarta-feira (10), a condenação do ex-presidente Fernando Collor a 22 anos e oito meses de prisão. Ele responde a uma ação penal por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro aberta a partir de investigações da Operação Lava Jato.
O ex-presidente foi acusado de receber mais de R$ 29 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, em troca do direcionamento e do superfaturamento de contratos da BR Distribuidora. Ele nega as acusações. A denúncia afirma que Collor, na época senador, tinha influência política na estatal e fez indicações estratégias em diretorias na tentativa de “aparelhar” a empresa.
– Um senador da República, evidente, ou qualquer político, tem contatos e pode até indicar nomes. O problema é indicar e solicitar vantagens disso – defendeu a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve começar a decidir nesta quinta-feira (11) se condena o ex-presidente. A ação será debatida em sessão presencial no Plenário. O relator é o ministro Edson Fachin. Também está prevista para esta quinta a apresentação das alegações da defesa do político.
*AE
Ex-presidente responde a uma ação penal por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Fernando Collor Foto: Agência Senado/Roque de Sá
PGR pede ao STF que Collor seja condenado a 22 anos de prisão
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