Questionado, nesta terça-feira (25), pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sobre a alta de preços de alimentos para os mais pobres, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu que a inflação é o imposto mais perverso que existe e disse saber o custo para os mais pobres.
– O senhor sabe quanto custa um litro de leite, um quilo de arroz, de feijão? Temos que sair da Faria Lima e interagir com a população que mais precisa. O BC possui mandato de fomentar pleno emprego. O que tem sido feito para cumprir esse objetivo? – perguntou o parlamentar.
– Eu sei o custo da inflação para os mais pobres e muitos estudos mostram a perda de capacidade de compra da população. A inflação é o imposto mais perverso que existe, prejudicando os pobres. A inflação melhora situação fiscal, mas à custa de desigualdade e piora em consumo – rebateu Campos Neto.
Sobre o mandato para perseguir o pleno emprego, o presidente do BC respondeu que o mercado de trabalho está perto do seu melhor momento nos últimos seis ou sete anos e acrescentou que as pessoas têm tido reajustes salariais para repor a inflação.
– Temos que perseguir a meta, que não é estabelecida pelo governo, não pelo BC. Esse exercício de alongar horizonte de convergência de inflação tem que ser feito com credibilidade – repetiu Campos Neto.
Presidente do Banco Central esteve em audiência pública no Senado
Roberto Campos Neto em audiência no Senado Foto: Pedro França/Agência Senado
Campos Neto rebate senador petista sobre o “litro do leite”
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