O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto trabalha desde novembro do ano passado na produção de um dossiê sobre a Lava Jato para municiar parlamentares petistas contra o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que assumem cargos no Congresso em 2023. Vaccari, que foi condenado na operação e cumpriu pena de prisão, também reuniu outras informações para subsidiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva contra acusações de corrupção feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em fase final de produção, o dossiê inclui trocas de mensagens entre procuradores e o ex-juiz obtidas por hackers, além de relatos de delatores e dados financeiros dos acordos firmados por réus com o Ministério Público. Parte do conteúdo, que foi alvo da Operação Spoofing da Polícia Federal, está sob sigilo da Justiça.
Na semana passada, Vaccari apresentou uma versão preliminar do dossiê a Rui Falcão, um dos coordenadores de comunicação da campanha de Lula e deputado federal reeleito.
Em cerca de 40 minutos, o ex-tesoureiro mostrou a Falcão o conteúdo que havia amealhado com a ajuda de cinco advogados. Vaccari não diz, nem Falcão questiona, como o material foi obtido.
– Na hora que o Deltan aparecer (no Congresso), vocês já caem de cacete em cima dele. Do Moro, a mesma coisa. Nós queremos também fazer chegar que eles esculhambam ministros do STF, esculhambam ministros do STJ. Ninguém fez esse tipo de trabalho – disse Vaccari a Falcão nesse encontro.
“Coisa de aloprado”, diz Sergio Moro
Sergio Moro e Deltan Dallagnol Fotos: ALEP/Pedro de Oliveira
Ex-tesoureiro do PT elabora dossiê contra Moro e Deltan
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