O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, excluiu, nesta segunda-feira (8), o coronel do Exército, Ricardo Sant’Anna, da equipe de nove militares responsáveis por inspecionar o código-fonte das urnas eletrônicas. O documento, que também é assinado por Alexandre de Moraes, futuro chefe da Corte, alega que o militar “dissemina informações falsas” acerca do sistema eleitoral brasileiro.
Para o Ministério da Defesa, no entanto, a decisão foi “intempestiva”. A pasta afirma ainda que “não há interferência das posições pessoais dos integrantes no trabalho da equipe”. Vale ressaltar que Ricardo é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, que nos últimos meses passou a intensificar questionamentos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
– O trabalho da equipe das Forças Armadas no âmbito da fiscalização do sistema eletrônico de votação é técnico e realizado de forma coletiva por seus integrantes, além de ser estritamente institucional. As atividades seguem a Resolução nº 23.673/2021. Assim, não há interferência das posições pessoais dos integrantes no trabalho da equipe – diz a pasta.
O ministério reiterou que a decisão de substituir o militar foi tomada na semana passada. Informa também, que ““sobre o uso de mídias sociais, os militares ficam sujeitos à regulação das Forças”.
Pasta disse que planejava a substituição de Ricardo Sant’Anna, excluído pelo TSE nesta segunda, desde a semana passada
Militares fiscalizam código-fonte das urnas Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Defesa diz “não interferir” em posições pessoais de militares
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