Nesta segunda-feira (22), autoridades da Alemanha se reúnem para definir uma possível extensão do lockdown no país, que sofre com um aumento de casos de covid-19. Medidas mais rigorosas de restrição de circulação de pessoas também devem ser propostas durante o encontro.
A chanceler Angela Merkel e os 16 governadores de Estado do país – que são os responsáveis por impor e suspender as restrições – estão realizando uma videoconferência nesta segunda-feira, quase três semanas depois de concordarem com um plano de várias etapas.
Desde a aprovação, porém, as infecções aumentaram em ritmo constante, à medida que a variante britânica do coronavírus se tornou dominante no país. A maioria das restrições deve vigorar até 28 de março, mas a chancelaria propõe uma prorrogação até 18 de abril.
Um dos focos do governo central é pressionar as autoridades regionais a usarem mecanismos de “freio de emergência”, o que significa retroceder com relação a flexibilizações já feitas em caso de aumento das infecções semanais.
– Infelizmente, teremos que fazer uso desse freio de emergência – disse Merkel na sexta-feira (19).
A taxa de infecção semanal por 100 mil pessoas ficou em 107 em todo o país. Há três semanas, esse valor era de pouco mais de 60 casos. As autoridades também enfrentam a questão do que fazer em relação às férias da Páscoa. Restaurantes, bares e muitas instalações de lazer na Alemanha foram fechadas desde o início de novembro de 2020, e hotéis estão fechados para turistas.
Ao mesmo tempo, os critérios da Alemanha para avaliar a situação do vírus no exterior resultaram na retirada do alerta de viagens para partes da Espanha, como a popular ilha de Maiorca, que teve um aumento considerável do número de reservas.
Tem havido apelos para que as pessoas que voltam, mesmo de lugares no exterior que não são considerados “áreas de risco”, enfrentem testes obrigatórios e quarentena. O governo enfatizou que continua a desencorajar viagens turísticas.
Outro desafio tem sido a imposição de regras gerais sobre a pandemia, a serem obedecidas por todos os Estados. Um tribunal do Estado mais populoso da Alemanha, Renânia do Norte-Vestfália, derrubou uma determinação que exigia o agendamento de horário para que uma pessoa pudesse ir até o comércio.
Enquanto isso, o país tenta acelerar sua campanha de vacinação após um início lento. Até o sábado, dia 20, apenas 8,7% da população havia recebido pelo menos a primeira dose da vacina e 3,9% as duas doses.
*Estadão
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