Dallagnol recusa convite para ir à Câmara falar sobre Moro

Dallagnol recusa convite para ir à Câmara falar sobre Moro

Dallagnol recusa convite para ir à Câmara falar sobre Moro
Dallagnol recusa convite para ir à Câmara falar sobre Moro

Chefe da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, enviou comunicado ao Senado e à Câmara nesta segunda-feira, 8, informando que não irá ao Congresso amanhã para falar sobre as mensagens vazadas do seu aplicativo Telegram. Após a primeira publicação das mensagens pelo site The Intercept Brasil no dia 9 de junho, o procurador foi convidado pelo deputado Rogério Correa (PT-MG) a comparecer na Comissão de Direitos Humanos da Câmara para explicar o teor das supostas conversas que teve com o ex-juiz Sergio Moro durante o andamento da operação.

Em ofício enviado aos deputados, o procurador avisa que não irá à audiência por preferir manter suas manifestações políticas “na esfera técnica”. “Embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações”, escreve o procurador.

No texto, Deltan reafirma seu posicionamento sobre as mensagens publicadas pela imprensa terem sido obtidas de forma ilegal e questiona, mais uma vez, a veracidade e autenticidade dos conteúdos. Por fim, ele afirma que o conteúdo vem sendo usado “para atacar a Operação Lava Jato”.

Direitos Humanos da Câmara

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Helder Salomão (PT-ES), disse ser “lamentável” a decisão de Dallagnol de recusar o convite para se pronunciar sobre a suposta troca de mensagens com Moro, atual ministro da Justiça. “É um sinal muito ruim. Estranhamos esse argumento de que ele responde por questões técnicas apenas. Foi uma decisão política dele. É um servidor público e deve explicações à sociedade”, disse Helder a VEJA.

Dallagnol recusa convite para ir à Câmara falar sobre Moro
Em ofício enviado aos deputados, o procurador avisa que não irá à audiência por preferir manter suas manifestações políticas “na esfera técnica”