Molusco descoberto no Brasil é batizado em homenagem a Sergio Moro
A criatividade dos cientistas para cunhar o nome científico de uma espécie recém-descoberta costuma não ter limites. Às vezes, a homenagem segue um caminho mais solene, como uma referência a um nome famoso da ciência, que revolucionou seu campo de pesquisa – caso da botânica Graziela Maciel Barroso, por exemplo, que tem uma lista de 2 gêneros e 30 espécies de plantas batizadas com seu nome. Outros pesquisadores, porém, optam por uma via, digamos, mais egocêntrica, e acabam colocando seu nome próprio no achado.
O mais legal, no entanto, é quando cientistas resolvem investir em referências à cultura contemporânea, incluindo nomes que todo mundo (ou pelo menos muita gente) gosta. Você, leitor, talvez consiga se lembrar de episódios como o surgimento do camarão Pink Floyd, do peixe Obama, da mosca Beyoncé ou do besouro Schwarzenegger, quem sabe. A lista vai longe, como a SUPER provou neste post e neste outro, e qualquer tentativa de reeditá-la acabaria se esquecendo de algum nome importante.
A melhor parte é que, para além dos nomes de celebridades internacionais, vira e mexe pinta algum homenageado brasileiro. O que falar da abelha Ronaldinho Gaúcho ou do peixe do rio Negro que faz menção ao ambientalista Chico Mendes, por exemplo? A referência pode chegar, até mesmo, ao campo dos magistrados. Foi o caso da espécie de planta descoberta no Ceará batizada Phyllanthus carmenluciae, singela homenagem à ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.
A mais nova homenagem a um juiz também vem diretamente de terras cearenses. É o molusco Lavajatus moroi, batizado – é claro – por causa de Sergio Moro e da Operação Lava-jato. Encontrada na caverna de Santa Quitéria, a 229 km de Fortaleza, no Ceará, a espécie só foi ser identificada e caracterizada bem longe dali.
Fonte: Super Abril