Acusado de matar Marcelo Arruda na festa de aniversário da vítima, no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, o policial penal Jorge Guaranho chegou às 2h51 da madrugada deste sábado (13) ao Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. As informações são da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).
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A Sesp afirmou que a operação de cumprimento de mandado de prisão e transferência teve início com a saída da residência de Guaranho, em Foz do Iguaçu, por volta de 18h20 de sexta-feira (12) e que o réu foi transportado em ambulância e escoltado por equipes policiais do Setor de Operações Especiais, do Departamento de Polícia Penal do Paraná. A decisão que estabeleceu a prisão preventiva foi assinada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
Defesa
critica transferência
Na noite da
última sexta-feira, a defesa de Jorge Guaranho compartilhou uma nota em que
critica a decisão da Justiça Estadual de revogar, mais cedo, a prisão
domiciliar do policial penal.
Segundo os
advogados que assinam a nota, Luciano Santoro, Cleverson Leandro Ortega,
Poliana
Lemes, Carlos Roberto Bento e Julia Crespi Sanchez, “a defesa do Sr. Jorge
Guaranho entende que a sua prisão é ilegal, porque no Brasil o réu responde ao
processo em liberdade e somente é colocado em prisão preventiva quando
representa um risco à sociedade ou pode fugir ou atrapalhar a produção das
provas”.
A defesa
afirma que o réu não representa perigo à sociedade, visto que “precisa de
acompanhamento em tempo integral para os cuidados básicos da vida diária, da
alimentação e locomoção à higiene pessoal”, decorrente dos tiros disparados
pela vítima durante a confusão e pelas agressões dos convidados a Guaranho na
sequência dos fatos.
A nota cita
a recusa do diretor do Complexo Médico Penal em receber o policial penal
federal Jorge Guaranho, quando teria informado que o local “não reúne no
atual momento as condições estruturais, técnicas e de pessoal, necessárias para
prestar o atendimento necessário para manutenção da vida dele, sem expô-lo a
grave risco”.
A defesa diz
aguardar que a Justiça revogue a prisão preventiva decretada ilegalmente e “permita
que ao Sr. Jorge Guaranho sejam garantidos os mesmos direitos de todos os
brasileiros, especialmente os direitos à dignidade da pessoa humana, à vida e à
saúde, sejam eles acusados ou não da prática de um crime”.
Festa
terminou em morte
O crime pelo qual ele responde por homicídio duplamente qualificado ocorreu no dia 9 de julho, na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu. Naquela data, Marcelo Arruda comemorava seus 50 anos em uma festa com o tema do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, Guaranho apareceu no local do evento e, segundo testemunhas, teria iniciado provocações de cunho político-partidário. A confusão terminou em troca de tiros entre ambos, com os dois sendo atingidos por disparos. Arruda não resistiu aos ferimentos. A denúncia contra Guaranho foi apresentada à Justiça antes mesmo do fim das perícias.
Guaranho chega ao Complexo Médico Penal em Pinhais e defesa critica medida
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