Entidades dizem que Bolsonaro cometeu abuso de poder em atos do 7 de setembro – Gazeta Bolsonaro

Três entidades divulgaram nesta segunda-feira (12) uma nota
de repúdio contra a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos do
7 de setembro. O comunicado, assinado pelo Instituto Não Aceito Corrupção, Transparência
Brasil e Instituto Ethos, afirma que o presidente da República cometeu abuso de
poder e pede que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome providências
sobre o caso.

“Por ocasião da celebração do bicentenário da independência
do Brasil, como de costume, era de se esperar que se reverenciasse nossa
história de modo republicano com respeito e observância aos princípios
inerentes à Administração Pública, estabelecidos na Constituição Federal,
especialmente da impessoalidade, moralidade administrativa e legalidade. Entretanto,
ao arrepio destes princípios, o mundo assistiu perplexo o abuso do poder econômico
e político perpetrado pelo presidente da República, por meio do uso de recursos
e estruturas públicas para realização de comícios políticos travestidos de
comemorações cívicas, com propósito de captação de votos e uso da máquina
pública visando o autobenefício eleitoral”, dizem as entidades.

“O ocorrido no último Sete de Setembro ultrapassou os limites da legislação eleitoral no que tange a regular propaganda eleitoral e equilíbrio das eleições. O uso de palanque, a veiculação em canal público de televisão e a magnitude do evento e sua repercussão são alguns exemplos dessa violação. O código eleitoral veda o uso de recursos, espaços e bens da administração pública para promoção de candidaturas e o seu uso configura propaganda eleitoral irregular passível de multa e cassação do registro da candidatura”, aponta a nota.

“Soma-se a isso o enaltecimento à própria virilidade
realizado pelo mandatário maior da nação, com evocação de coros públicos de
confirmação enfática de sua masculinidade. São elementos que descrevem cenas
lamentáveis para a sociedade, incluindo as ofensas chulas às ex-primeiras damas
da República, incluída a Professora Doutora Cientista Social Ruth Cardoso”.

As organizações abaixo assinadas manifestam seu mais absoluto e veemente repúdio a tal postura desrespeitosa ao povo brasileiro, de caráter machista e misógina, desrespeitosa ao gênero feminino, além dos inescondíveis atos de uso da máquina pública visando objetivos eleitorais pessoais, tendo em vista a candidatura do senhor presidente à reeleição e de seus aliados. Tais comportamentos devem ser objeto da devida responsabilização de parte da Procuradoria Geral da República, a quem incumbe a tomada de providências, pelo cargo ocupado por aquele que assim agiu. Concitamos sua Excelência o Doutor Augusto Aras a tomar as medidas cabíveis, no interesse da sociedade”, pedem as organizações no comunicado.

Entidades dizem que Bolsonaro cometeu abuso de poder em atos do 7 de setembro

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