Os eleitores facultativos que irão votar
pela primeira vez nas eleições desse ano, já são um numero significativo
Os eleitores facultativos (menores de 18 e maiores de dezesseis anos) que irão votar
pela primeira vez nas eleições desse ano, já são um numero significativo de eleitores. Questionados sobre a política atual e a importância do primeiro voto, são enfáticos com a decepção que nutrem pelos políticos atualmente.
Corrupção, desmando, injustiça e roubalheira, são alguns adjetivos empregados pelos entrevistados. A estudante Ludmila Pinheiro, de 17 anos, moradora da Barra do Itapemirim, foi lacônica em sua observação dos políticos: “Injustos e hipócritas”, quanto a seu voto se diz indecisa.
“Sinceramente não vejo progresso da classe política. Só vejo aumento de preços”, disse Vanessa Silva Curcio, de 17 anos, da Barra, e complementa: “Tenho que ter o máximo de consciência em quem vou votar”.
Para o estudante Michael de Oliveira Bellato, morador de Marataízes, a corrupção está estampada nas “caras dos políticos”. Outra estudante foi mais incisiva: “Não voto em ninguém, tirei meu titulo mas vou votar em branco”, afirma Antonieta Meriji Maio, de 17 anos, residente em Marataízes.
Ronald Alves Machado, de 16 anos, da Barra, classifica a classe política de “muito corrupta”, e reclama: “Ao invés de ajudarem o povo só ficam roubando”, mas ressalta que sabe da importância do seu voto para afastar os maus políticos dos cargos pretendidos. “Não tem candidatos com idéias e que transmitam segurança as suas propostas. Meu primeiro voto não pretendo errar na escolha”, explica Maycon Fernandes de 16 anos morador da Barra.
A pedagoga Kenia Cheibub, da EEEFM “Domingos José Martins”, observa que os adolescentes nessa idade não possuem consciência para escolherem seus candidatos. Deveria a escola fazer um trabalho de conscientização desde o ensino fundamental. Quanto a família também tinha que cumprir o seu papel”, ponderou.
O professor de filosofia Samuel da Silva, conclui que a votação voluntária dos menores de 18 anos deveria ser estendida para todos. “Sou a favor do voto facultativo e só se aprende exercendo a cidadania votando e depois cobrando”.
Matéria de: Géssica dos Santos Schayder e JR Brumana
Eleitores Facultativos