A variante mais virulenta do coronavírus que se originou no Brasil agora é responsável por pelo menos 434 infecções nos Estados Unidos, de acordo com novos dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
É a primeira vez que a variante, conhecida como P.1, ocupa o segundo lugar entre as três variantes de preocupação que estão sendo rastreadas publicamente pelo CDC.
Os Estados Unidos têm uma taxa muito baixa de sequenciamento do genoma que permitiria a verificação de mais variantes de vírus. Mas na quinta-feira, o CDC divulgou novos dados sobre as variantes, incluindo aquelas identificadas pela primeira vez no Brasil, Grã-Bretanha e África do Sul.
A variante B.1.1.7 inicialmente detectada na Grã-Bretanha é responsável por quase 20.000 casos em todos os 50 estados – e agora se tornou a variante mais dominante. Todos os três são considerados mais contagiosos do que a cepa original e também foram relacionados a doenças mais graves e morte.
Mas a variante P.1 que assolou o Brasil nos últimos meses, levando a um número recorde de casos e mortes, agora também está em alta nos Estados Unidos. Em 25 de março, o CDC relatou apenas 79 casos confirmados envolvendo a variante P.1. Agora, duas semanas depois, esse número chegou a mais de 400.
O maior número de casos foi encontrado em Massachusetts, onde um surto surgiu pela primeira vez em Cape Cod, um destino de praia popular que também abriga uma comunidade considerável de imigrantes brasileiros. Mais de 100 infecções em Massachusetts foram identificadas como P.1. variante.
A variante também foi detectada em Illinois (93 casos), Flórida (87 casos) e Califórnia (39 casos), entre outros estados.
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