|
O Desfile de Sete de Setembro, em Itapemirim, terá como tema principal a história do poeta Narciso Araújo
O Desfile de Sete de Setembro, em Itapemirim, cujos temas serão, entre outros, contar a história do nome do educandário. A escola de ensino fundamental Narciso Araújo, na sede do município, vai relatar a trajetória do seu agraciado. Sem muito a contar, desse ilustre desconhecido em sua terra, a direção resolveu pesquisar no departamento de Literatura da Universidade Federal do Espírito Santo.
Para o espanto de todos presentes na UFES, um dos maiores intelectuais do Estado o professor Reinaldo Santos Neves, foi enfático em sua observação: ” Pensei que ninguém fosse resgatar um dos homem mais importante de nossa terra, e até hoje totalmente esquecido por seus conterrâneos.”
“Aquilo soou como uma bomba em minha mente. Não esperava estar procurando alguém tão ilustre. Agora aumentou a nosso responsabilidade” disse a diretora do educandário Andressa Grasseli de Souza. Certificaram que o poeta e jurista Narciso Araújo foi alvo de uma publicação recente do professor da entidade aposentado Luiz Bussat, que pesquisou parte de sua história.
Os professores tiveram contato com toda a trajetória deste que foi considerado: “Príncipe dos Poetas capixabas”, em 1940, quando do lançamento do seu único livro de poesia: “Poesia de Iº série”.
Nascido no interior de Itapemirim, em Brejo dos Patos, hoje pertencente à Marataízes, logo cedo foi estudar no Rio de Janeiro no Colégio D. Pedro II. Formou-se em Direito, mantendo ativo no mundo da poesia em periódicos cariocas e capixabas. Participou do processo de criação da Semana da Arte Moderna. Conviveu na época e foi amigo de Mennotti del Picchio e Celso Amorim, futuros modernista.
Por problemas familiares voltou no esplendor de sua intelectualidade, para a Vila do Itapemirim, sendo alcunhado de “O Solitário de Itapemirim”.
Doutor Narciso – como era conhecido – foi deputado e logo desistiu da vida publica.
Muitos vinham ao município para ouvir seus pareceres jurídicos. Poliglota, espiritualista, teve uma vida reclusa. Seus amigos não compreenderam sua retirada precoce da poesia e letra e do contato com a intelectualidade, onde poderia ser um dos expoentes do país.
Sua vida agora será mostrada no desfile cívico municipal, depois de 62 anos de sua morte. Os professores envolvidos na pesquisa Angélica Estevão da Silva, Grazielly de Oliveira Machado, Gislaine Wichello dos santos, Luiz Fernando de Oliveira Gomes e Fernanda da Silva Correa de Mesquita, estão empenhado em, a partir de o material coletado escrever um livro sobre o poeta. Pedem a todos que tenham algum material guardado sobre Narciso Araújo que doem para o futuro acervo.
Nessa quarta-feira, esse grupo esteve visitando o tumulo do poeta onde estava escrito em sua lápide: “Deixa pulsar na vida o coração. Um verso, ás vezes diz a vida toda”.
Matéria de Géssica dos Santos schayder e José Rubens Brumana
Homenagem a Narciso Araújo