Os seis tapinhas – Gazeta Bolsonaro

Seis tapinhas no rosto de um ministro do TSE, e está decidido: Bolsonaro não pode usar as imagens dos gigantescos atos de 7 de Setembro em sua campanha eleitoral. Mais seis tapinhas, e pronto: nunca houve grandes manifestações no Bicentenário da Independência. Mais seis tapinhas, e ficará muito claro que nenhum outro candidato à Presidência da República reúne tanta gente nas ruas quanto Lula. No último fim de semana, está sacramentado, o PT juntou em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, 504.682 pessoas. O cálculo foi feito pela USP, não dá para rebater. Na Avenida Paulista, na resposta aos atos de 7 de Setembro, que, como todos já sabem, não foram realizados, havia exatamente 1.223.704 bandeiras vermelhas.

São seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade. Mais seis tapinhas, e todo mundo vai entender de uma vez que o agronegócio também é fascista. Nesse ritmo, para salvar o meio ambiente, o petista está autorizado a dizer que a ONU vai mandar no Brasil, que soberania nacional é uma bobagem. Para que serve o Congresso, deputados e senadores, se as Nações Unidas são tão boazinhas e sabem o que é melhor para o mundo todo, incluindo o nosso país? A ONU vai dar tapinhas no rosto do parlamento brasileiro, que, obediente, ficará até satisfeito. Se for oferecida, então, além dos tapinhas, uma boa grana mensalmente…

Seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade

Os eleitores, indicam as infalíveis pesquisas, também estão aceitando numa boa os tapinhas no rosto. Assim são os desorientados e desmemoriados, os incapazes de olhar o mundo real. Lula pode falar abertamente em censura na mídia e na internet, pode anunciar que o Brasil terá um novo regime. Mais tapinhas… Romper teto de gastos, o que não dá certo em nenhuma casa ou empresa; taxar grandes fortunas, o que quase todos os países desenvolvidos já abandonaram; acabar com a autonomia do Banco Central, estatizar, “fórmulas” que nunca deram certo podem ser apresentadas como a solução para todos os problemas. O Estado enorme dará tapas na nossa cara.

Seis tapinhas na face, e dá para mudar o que está escrito na bandeira brasileira, eliminar da América do Sul dois países… Dá para acusar Bolsonaro de sequestro, de ser o mandante de crimes brutais, mesmo quando o assassino da ex-mulher e do filho de 2 anos (que se chamava Luiz Inácio…) tem uma tatuagem bem grande de Lula no braço. O governo que está aí há quase quatro anos é violento e agressivo mesmo, não sabe a doçura dos tapinhas na face… Golpistas e preconceituosos, esses merecem apanhar, como o deputado federal paranaense apoiador do presidente… E o sobrinho dele, de 18 anos, e o tio dele, de quase 70.

Fica ligado aí! E seis tapinhas na cara. Pode liberar bandido para ser candidato à Presidência, pode atropelar as leis, abrir inquéritos ilegais, pode prender, censurar, quebrar sigilo bancário, bloquear contas… Basta querer. Todos serão enquadrados, é para o bem da nação, em defesa da democracia. Ordens são ordens, sempre que são dadas por alguém que está ao lado daquele que dá tapinhas no rosto de um ministro de um tribunal superior. E oferecer a outra face não é para qualquer um.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Os seis tapinhas

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