Uso de máscaras em academias deixa de ser obrigatório em todo o ES

Uso de máscaras em academias deixa de ser obrigatório em todo o ES

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Após retirar a obrigação do uso de máscaras em locais abertos no Espírito Santo, uma nova portaria, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (24), também dispensou o uso do item em academias nas cidades classificadas em risco baixo.

Foto: Reprodução/Diário Oficial-ES

Dessa forma, não é mais obrigatório o uso de máscaras nas academias de todo o Espírito Santo, já que são 66 cidades classificadas em risco baixo e 12 em risco muito baixo, onde a máscara não é mais exigida em nenhum local, seja aberto ou fechado.

A liberação do uso de máscaras no Espírito Santo foi anunciada pelo governador Renato Casagrande no dia 11 de março, passando a valer a partir do dia 14. As regras chegaram a confundir a população, pois o texto editou o decreto que obrigava o uso da proteção em todos os locais.

Na ocasião, nas cidades classificadas em risco baixo, cor verde no Mapa de Risco, foi liberado o uso de máscaras apenas em ambientes abertos, mantendo a obrigatoriedade em locais fechados, como salas de aula, escritórios, igrejas e ônibus, por exemplo.

Já nas cidades que atingiram as metas de vacinação e alcançaram o nível de risco muito baixo, cor azul no mapa, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório em todos os ambientes.

As cidades capixabas onde o uso de máscaras não é mais obrigatório, independente do ambiente, são: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Itaguaçu, Itarana, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Venda Nova do Imigrante.

Abandono da máscara requer cautela, alerta especialista

O médico intensivista Rodrigo Bresani afirma que a liberação do uso das máscaras só foi possível pelo avanço da vacinação no Brasil. Ele alerta, no entanto, que mesmo com uma boa parcela da sociedade vacinada, inclusive com a segunda dose, é preciso avaliar os casos de forma individual.

“Para alguns grupos de risco, principalmente pacientes idosos, imunossuprimidos por diversos motivos, pacientes oncológicos, ou com doenças crônicas, a gente precisa ficar muito atento. Independentemente dessa nova norma [que libera o uso em locais fechados], a orientação para esses pacientes é, obviamente, continuar se cuidando”, afirma Bresani.

O médico explica ainda que o uso do item de proteção é fundamental para quem, por exemplo, tem algum familiar com doença crônica ou idoso porque, caso não se proteja, estará colocando esse familiar em risco.

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“Esses pacientes, sem sombra de dúvidas, devem continuar se protegendo. Isso, claro, supondo que eles estão já vacinados, com segunda, terceira dose, mas devem continuar fazendo o uso de máscaras em ambientes fechados e também abertos. Esse cuidado deve se perpetuar nesse próximo ano e principalmente agora, que estamos enxergando um aumento do número de casos e mortes na Europa, por causa de uma nova cepa. E isso aparentemente já vem chegando ao Brasil, então a gente tem que estar atento”, reforça Bresani.

Pessoas com comorbidades, além daqueles que ainda não tomaram a vacina contra a covid-19, devem seguir usando máscaras. Entre as comorbidades estão hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Os imunossuprimidos são aqueles que possuem alguma doença que afeta o sistema imunológico, diminuindo sua capacidade de resposta, como é o caso de portadores de câncer, HIV, transplantados e outros.

Mesmo não obrigado, governo recomenda uso

No último dia 11, quando anunciou as situações em que o uso de máscaras não seria mais obrigatório no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande destacou que as pessoas que apresentarem algum sintoma da covid-19 deveriam continuar utilizando o equipamento.

“As pessoas com algum sintoma ou virose devem usar máscaras e fazer testes. Profissionais da área da Saúde, por exemplo, são recomendados a continuarem usando as máscaras. Nesses casos, temos regras específicas para isso”, disse Casagrande, na ocasião.

O governador capixaba também reforçou que as pessoas que não se sentirem confortáveis e seguras para deixarem de utilizar as máscaras, que continuassem usando o equipamento.

“Se você acha que deve usar a máscara, use. É uma cultura, um equipamento usado em muitos países do mundo. Também passamos a usar máscaras para as pessoas se sentirem mais seguras”, disse.

Fonte: Folha Vitória