“Levamos em conta custo, benefício, como seria compreendido naquele país. Eu fiquei pensando assim: ‘Imagine se tivesse no Brasil aqui o filho do Macri como embaixador da Argentina?’. Obviamente que o tratamento seria diferente de outro embaixador normal. É uma coisa que está no meu radar, sim. Existe essa possibilidade. Ele é amigo dos filhos do Trump, fala inglês, fala espanhol, tem uma vivência muito grande de mundo. E, no meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington”, afirmou Bolsonaro.
Diante da possibilidade o senador capixaba Fabiano Contarato prometeu entrar na justiça contra a nomeaçnão: “Caso o Presidente indique o seu filho Eduardo Bolsonaro para assumir a embaixada do Brasil nos EUA, acionarei a Justiça contra o ato. O deputado já deu sinal de que aceitaria, mas isso é nepotismo (favorecimento de parente). Viola a Constituição Federal. O Art. 37 da nossa Constituição determina a observância aos princípios norteadores da Administração Pública, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sendo, inclusive, autoaplicáveis”, publicou em suas redes sociais.
O ministro do Supremo Marco Aurélio Mello afirmou que o caso configura nepotismo, porque, segundo ele, a Constituição afasta a possibilidade de o presidente nomear o filho. Disse ainda que, após a súmula, houve decisões de ministros do Supremo liberando nomeações de cargos de natureza política.
A indicação do nome de qualquer embaixador tem que ser aprovada pelo Senado.
Senador Contarato entrará na justiça contra nomeação do filho de Bolsonaro na embaixada dos EUA