A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 2,102 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o prejuízo líquido de R$ 5,477 bilhões de igual intervalo de 2017.
Nos três meses imediatamente anteriores, a empresa havia reportado lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
De acordo com a petroleira, a queda no lucro líquido na comparação trimestral decorreu das menores margens nas vendas de derivados e ao impacto dos itens especiais. “Excluindo o impacto dos itens especiais, o lucro líquido seria R$ 8,035 bilhões e Ebitda ajustado R$ 31,020 bilhões”, apontou a empresa.
O acumulado de 2018, por sua vez, somou R$ 25,779 bilhões, contra prejuízo de R$ 446 milhões no exercício de 2017. Esse é o primeiro resultado positivo desde 2013. No ano, o resultado refletiu o maior lucro operacional e a melhora do resultado financeiro, resultante de menor despesa com juros originados pela redução do endividamento e de maiores receitas financeiros devido aos ganhos com a renegociação de dívidas do setor elétrico.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 29,160 bilhões no quarto trimestre, alta de 124,5% ante os R$ 12,986 bilhões em igual período de 2017. Ante os três meses imediatamente anteriores, a variação foi negativa em 2%.
Ebitda
No acumulado do ano, o Ebitda ajustado totalizou R$ 114,852 bilhões, alta de 50% ante os R$ 76,557 bilhões de 2017, como resultado das maiores margens nas vendas de derivados no mercado doméstico e das exportações, acompanhando o aumento do Brent.
A margem Ebitda ajustada ficou em 31% no último trimestre do ano passado, ante 30% nos três meses imediatamente anteriores e 17% em igual período de 2017.
A receita líquida somou R$ 92,720 bilhões no quarto trimestre de 2018, alta de 21% na comparação com os R$ 76,512 bilhões nos últimos três meses de 2017, mas queda de 6% frente ao período imediatamente anterior.
No ano, a receita de vendas totalizou R$ 349,836 bilhões, aumento de 23%, refletindo os maiores preços dos derivados no mercado interno, principalmente diesel e gasolina e das exportações, acompanhando o aumento de 31% da cotação do Brent e a depreciação de 14% do real. Apesar do maior volume de vendas de diesel, houve queda no volume total das vendas de derivados no mercado interno em 3% e nas exportações em 10%, em função da menor produção de óleo.
*Com informações do Estadão Conteúdo