A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, também chamada de Kamikaze, foi marcada por uma confusão entre a presidente da comissão especial, Celina Leão (PP-DF), e deputados petistas.
No momento da leitura do parecer, Celina, que é aliada de Arthur Lira, autorizou o relator, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) a ler o parecer sobre a PEC. No entanto, os oposicionistas alegaram desrespeito ao regimento interno e disseram que ainda tinham direito de discursar. Danilo Forte, então, proferiu o parecer sob protesto de deputados de esquerda, que falavam junto com o relator.
Em um certo momento da sessão ocorrida nesta terça-feira (5), Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Casa, se aproxima de Celina e bate na mesa, sendo prontamente empurrado pela presidente da comissão.
– Aqui ninguém vai ganhar no grito. Quero saber se vocês já fizeram isso com o presidente Lira – dispara Celina, aos gritos.
Mesmo com o tumulto, Danilo Forte terminou de ler parecer, mas a votação acabou sendo adiada mediante a um pedido de vistas. Dessa forma, o texto só poderá ser votado na comissão a partir desta quinta (7), dado que, quando há pedido de vistas, é preciso contar duas reuniões para que uma PEC volte para deliberação do colegiado, de acordo com o Regimento Interno da Câmara.
“Aqui ninguém vai ganhar no grito”, disparou presidente da comissão
Confusão em sessão na Câmara Foto: Reprodução/YpuTube Câmara dos Deputados
Na Câmara, clima esquenta entre líder do PT e aliada de Lira
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