O meganavio Ever Given, que ficou encalhado no Canal de Suez por quase uma semana, teve sua rota novamente interrompida, dessa vez após ser apreendido pelas autoridades egípcias, que exigem o pagamento de uma multa de 1 bilhão de dólares (R$ 5,7 bilhões de reais) para liberar a embarcação.
– O navio permanecerá aqui até que uma investigação seja concluída e a indenização seja paga – disse Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez (ACS), à televisão estatal egípcia.
Rabie disse que espera um acordo rápido e garantiu que “no momento em que concordarem com a compensação, o navio poderá se mover.” Por enquanto, o valor da multa ainda é uma estimativa que ainda será calculada e pode variar.
A conta levará em consideração os danos causados à hidrovia durante a drenagem; as perdas de taxas de uso do canal, pois diversos navios desviaram a rota e os custos em equipamentos e materiais para desencalhar o navio.
– É um direito que o Egito tem – afirmou Rabie.
A empresa responsável pelo cargueiro, a japonesa Shoei Kisen, disse que não recebeu nenhuma reclamação oficial ou ação legal pelo bloqueio causado pelo incidente até o momento, mas confirmou que está negociando com as autoridades do canal.
Embora a causa do encalhamento tenha sido inicialmente atribuída a ventos fortes, uma investigação está em curso para verificar se houve erros técnicos ou humanos, teoria defendida pelo presidente da ACS.
– O canal nunca foi fechado devido ao mau tempo – disse Rabie, que também negou que o tamanho do navio fosse a causa, pois “cargueiros ainda maiores” cruzam aquele trecho.
O canal de Suez é uma das principais rotas econômicas do mundo. Estima-se que 12% do comércio mundial passam por ele. A estagnação do canal, causada pelo Ever Given trouxe uma série de consequências econômicas que afetaram o bolso de milhões de pessoas. Segundo Osama Rabie, o encalhe do cargueiro teve grande impacto nessa rota comercial, custando entre 14 e 15 milhões de dólares (cerca de R$ 80 milhões) a cada dia de bloqueio.
Antes da pandemia, as passagens pelo Canal de Suez por ali contribuíam com 2% do PIB do Egito segundo a agência de classificação de crédito Moody’s.
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