A defesa do ex-presidente Lula pediu à Justiça para ter acesso à íntegra de um acordo bilionário firmado entre o MPF (Ministério Público Federal) de Curitiba e a Petrobras.
Por ele, a estatal depositará R$ 2 bilhões em uma fundação que será administrada por pessoas e entidades selecionadas pelo próprio MPF.
O acordo, que teria envolvido autoridades dos EUA, está sendo fortemente questionado por políticos, advogados e até ministros do STF.
Eles entendem que os recursos são públicos e deveriam ser destinados à União.
O MPF, portanto, não teria legitimidade para participar da administração do dinheiro.
Os advogados de Lula acreditam que os termos do acordo podem ter impacto em um processo do ex-presidente em que a Petrobras se coloca como vítima dos desvios de recursos e foi aceita como assistente de acusação.
Eles acreditam que há aspectos contraditórios que podem ser esclarecidos na comparação dos argumentos de vítima da Petrobras na ação de Lula com o papel que ela assume no acordo do MPF, em que tem que pagar indenizações.
Eles querem ter acesso a todas as tratativas feitas entre o MPF e a empresa.