Lava Jato: Raquel Dodge instaura sistema para controlar acordos de delação premiada

Lava Jato: Raquel Dodge instaura sistema para controlar acordos de delação premiada

Lava Jato: Raquel Dodge instaura sistema para controlar acordos de delação premiada
Lava Jato: Raquel Dodge instaura sistema para controlar acordos de delação premiada

A maior força-tarefa de combate à corrupção, também conhecida como Operação Lava Jato, investiga o megaesquema de lavagem de dinheiro – o maior do Brasil -. A operação, que iniciou sua averiguação a partir de suspeitas em um posto da Petrobras e tomou uma proporção gigantesca, segue em andamento.

O caso, com espaço recorrente e garantido nos mais variados veículos de comunicação, já recuperou mais de R$13 bilhões de reais – um verdadeiro record brasileiro -. A Lava Jato se tornou referência internacional para outros países que buscam reprimir casos de corrupção e atividade ilícitas.

Uma das estratégias utilizadas para agilizar o andamento da operação foi o acordo de delação premiada. Uma vez que este é o maior esquema de corrupção da história do Brasil, a Lava Jato investiga uma série de operação que estão interligadas. Os depoimentos e informações apresentadas pelos envolvidos foram extremamente valiosas para esclarecer os crimes de corrupção.

Confira a trajetória da operação Lava Jato.

O Sistema de Raquel Dodge

Dos acordos de delação premiadas firmados atualmente, que já somam 216, a maior parte pertence a Operação Lava Jato. De acordo com a Procuradoria-Geral da União, 70% dos acordos são de empresários, enquanto apenas 2.3% foram realizados pela classe política.

Pensando em controlar esses acordos, Raquel Dodge anunciou o Sistema de Monitoramento de Colaborações (Simco). Para a Procuradora-Geral da República, esse sistema auxiliará no aumento da segurança jurídica, garantir a efetividade das informações e das cláusulas do acordo, além de contar com os dados financeiros, viabilizando, assim, o pagamento dos valores devidos, entre os bens bloqueados e multas pelas ilegalidades.

Operação Lava Jato, investiga o megaesquema de lavagem de dinheiro

De acordo com o MPF, já foram recuperados quase R$1 bilhão de reais, dentre os quais mais de R$700.000.000 equivalem a multas e R$240.000.000 bens perdidos.

Portanto desse valor, mais de R$300 milhões de reais já retornaram aos cofres públicos, através dos órgãos que foram lesados, respectivamente.

Há, ainda, uma cobrança de quase 100 milhões de reais referentes à inadimplência.

Em desenvolvimento

O sistema, que já está em operação, ainda precisa de aprimoramento. De acordo com Raquel Dodge, a equipe de desenvolvimento ainda trabalha em novas funcionalidades. Além dos dados já presentes na ferramenta, a ideia é que o Simco também contenha informações sobre os desdobramentos de cada uma das colaborações.

A partir desses dados, também será possível avaliar e efetividade e eficiência tanto das informações apresentadas pelos “colaboradores” quanto do próprio desenvolvimento do processo. O sistema já inclui, por exemplo, o vencimento dos prazos de cada um dos acordos e sugere uma série de medidas para viabilizar os pagamentos.

No entanto para a Procuradora, “O sistema é excelente e constitui uma ferramenta essencial para que não só o Ministério Público como também outros órgãos do sistema de Justiça possam dar resposta rápida e efetiva à sociedade a partir do uso do instrumento da colaboração premiada, que tem se mostrado importante meio de combate à corrupção”.

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