Rita, Ana María, Elsa e Claudia Maradona, irmãs de Diego Maradona, pediram nesta segunda-feira (3) justiça para o craque argentino, após a divulgação do relatório elaborado sobre a equipe médica, e lamentaram que o ex-jogador “não merecia morrer assim”.
– Dói ver alguns atores deste caso passearem pela imprensa como se fosse um espectáculo, e não a morte do nosso amado ‘Pelu’ – diz o comunicado enviado aos veículos de comunicação.
No texto, elas pedem a “pena máxima” para os “responsáveis” pela morte do irmão.
– O nosso amado Diego não merecia morrer desta forma. Continuaremos procurando a verdade e a justiça como todo o povo argentino. Do céu, o nosso ‘Pelu’ nos guia e dá força – afirma a declaração.
Os parentes expressaram “indignação” por considerarem que o vazamento do relatório médico para a imprensa, na sexta-feira (30), “violou a privacidade” de Diego Maradona.
CONCLUSÕES DO RELATÓRIOA equipe formada pela Justiça argentina para investigar a possível negligência médica na morte de Maradona concluiu que o desempenho dos profissionais da saúde foi “inadequado, deficiente e imprudente”.
Os investigados são o neurocirurgião Leopoldo Luque, indicado como médico de família de Maradona, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Diaz, a médica Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem, Mariano Perroni, e os enfermeiros Ricardo Almirón e Dahiana Gisela Madrid.
– As ações da equipe de saúde que assistiu Maradona foram inadequadas, deficientes e imprudentes. O Sr. DAM (iniciais de Diego Armando Maradona), pelo menos desde a sua hospitalização na clínica IPENSA, não estava em pleno uso das suas faculdades mentais, nem em posição de tomar decisões sobre a sua saúde – pontua a investigação.
Além disso, afirma que “os sinais de risco de morte que o paciente apresentou foram ignorados” e que Maradona “deveria ter sido avaliado em profundidade sobre o risco cardiovascular e possível doença cardíaca” porque tinha um “histórico de insuficiência cardíaca”.
Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, nos arredores de Buenos Aires. A autópsia determinou que o ex-jogador morreu devido a um “edema agudo de pulmão seguido de insuficiência cardíaca crônica exacerbada”. Também foi constatada uma miocardiopatia dilatada.
*Com informações da agência EFE
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