Uma fatalidade que, por pouco não vira uma tragédia em maior proporção, um foguete lançado tomou direção contrária e atingiu um adolescente e uma jovem em Piúma
Por muito pouco não terminou em uma tragédia sem precedentes a queima de fogos no réveillon de Piúma. Um dos fogos saiu da rota planejada e foi em direção contrária, estourando em cima do adolescente Lauberth Sampaio, 14 anos e da jovem, Thaeni Santos Alves, 24 anos, ambos residentes no bairro Céu Azul em Piúma.
A mãe de Lauberth, Antoniela Porto Sampaio relatou que o filho e Thaeni estavam à beira da praia quando um foguete virou e foi contra eles. “Eles foram os mais queimados porque o foguete explodiu em cima dos dois, teve mais gente que se machucou, mas com queimaduras mais leves. Nós não tivemos socorro nenhum, não teve apoio de nada. Eu voltei, fui até o palco, até o local onde estavam os fogos, não tinha nenhum responsável pela Prefeitura, não consegui encontrar ninguém, não tinha nenhuma ambulância de apoio, nem perto do palco, nem no meio da multidão porque poderia acontecer outros acidentes, mas não tinha nada disso. Eu tive de leva-los a pé para o hospital. É muita complicada a situação, cria muita revolta, a Prefeitura está tentando apagar o fogo com a peneira. O rosto do meu filho está muito queimado, pode ficar sequelas que ele não vai esquecer pelo resto da vida”, relatou Antoniela.
Thaeni foi mais atingida está com queimaduras em várias partes do corpo. Ela também frisou que não houve socorro e teve que ir a pé ao hospital.
Estavam à beira do local, segundo a Prefeitura
A Reportagem entrou em contato com os secretários de Turismo e Cultura, Jeremias Azevedo e Juarez Taylor para compreender o que houve no réveillon com os fogos.
Jeremias foi enfático, disse que o Corpo de Bombeiros fez a vistoria do local e aprovou, a empresa contratada fez o isolamento da área e antes dos fogos pediu que as pessoas próximas se retirassem do local, mas infelizmente algumas permaneceram próximos a área ignorando o perigo.
Informou o secretário de Cultura, Juarez Taylor que durante o dia 31, foi realizado um isolamento menor para proteger o espaço e garantir que não iria cair nenhuma fagulha, ficou um responsável da empresa no local realizando a vigilância. “A tarde o Corpo de Bombeiros realizou a vistoria, eles precisavam que estivesse tudo pronto para a verificação. A noite quando houve a redução de pessoas passando no local foi demarcado o espaço maior de segurança, estive após a queima dos fogos no local, o colaborador da empresa me disse que faltando uns 10 min antes da queima dos fogos passou avisando as pessoas que estavam perto do local para ficar distante daquele espaço”, ressaltou.
Em relação a falta de ambulância no momento do ocorrido, o secretário de Saúde, Alexandre Marconi frisou que jamais um evento dessa magnitude ficaria sem a cobertura de uma ambulância no local. O que pode ter ocorrido foi no exato momento do socorro, a ambulância poderia ter saído para fazer outro atendimento. “Tinha uma ambulância sim, isso é uma recomendação da Promotoria. O que pode ter ocorrido é no ato a ambulância poderia esta socorrendo alguém. Infelizmente, nós não temos aporte para disponibilizar transporte móvel para esta demanda toda, nenhum município consegue, seriam muitas ambulâncias. Eu vou verificar o plano de trabalho da ambulância e verificar se coincide os horários, mas tínhamos ambulância na orla no réveillon, dois carros”, assegurou Alexandre.
O diretor do Hospital, José Carlos Araújo informou que todos as pessoas atingidas foram devidamente socorridas e tiveram alta, inclusive o município arcou com as pomadas prescritas pelos médicos.
Fonte: Espirito Santo Noticias