A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada a 9 anos e 5 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O processo em questão era sobre irregularidades na construção da plataforma P-50. Zelada foi diretor do setor internacional da empresa entre 2008 e 2012, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que Zelada recebeu 3,3 milhões de dólares (R$ 17,1 milhões na cotação atual) em propina para ajudar o estaleiro Jurong, de Cingapura, a conseguir em 2006 um aditivo de 67,5 milhões de dólares (R$ 350 milhões na cotação atual) no contrato com a Petrobras para conversão de um navio na plataforma P-50.
De acordo com a investigação, Zelada recebeu a propina numa conta bancária na Suíça em razão do aditivo. Ele foi preso em 2015, na 15ª fase da Operação Lava Jato, e foi solto em 2019. O MPF apurou que o suborno recebido pelo ex-diretor foi pago por Júlio Faermann e Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva, representantes comerciais contratados pela Jurong no Brasil.
Faerman foi condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro a 2 anos e 9 meses de reclusão, que serão convertidos em duas penas alternativas. Luís Eduardo Silva, por sua vez, foi condenado pelos mesmos crimes a 8 anos e 3 meses de reclusão, que serão substituídos por 2 anos de prisão em regime aberto.
Jorge Zelada foi diretor na área internacional da empresa entre 2008 e 2012
Jorge Zelada em audiência no Senado Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Ex-diretor da Petrobras na era PT é condenado por fraudes
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