Epidemiologista francês, Didier Raoult, publica estudo científico sobre a eficácia da hidroxicloroquina em pacientes da covid 19

Epidemiologista francês, Didier Raoult, publica estudo científico sobre a eficácia da hidroxicloroquina em pacientes da covid-19

O epidemiologista francês e professor de Marselha, Didier Raoult, está em guerra com o polêmico estudo publicado pela revista científica The Lancet, segundo o qual o uso de cloroquina ou seus derivados contra a Covid-19 seria “ineficaz e até prejudicial”.

“Não sei se em outros lugares a hidroxicloroquina mata, mas aqui salvou muitas pessoas”, disse Raoult na segunda-feira (25), descrevendo o estudo publicado no The Lancet como “bagunçado”.

Nesta quarta-feira (27), ele adicionou uma nova arma ao seu arsenal contra o “big data”, como ele gosta de dizer no Twitter: seu próprio estudo, pelo menos um resumo (para ver o estudo, clique neste link).

Publicado no site do IHU Méditerranée Infection (Instituto de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário de Marselha), ele destaca o sucesso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes que passaram pelo estabelecimento de Marselha.

“Estamos publicando esta noite o resumo de nosso artigo, descrevendo a maior coorte seguida em um único centro do mundo. Nem torsades de pointes (distúrbios do ritmo cardíaco) nem mortes repentinas devem ser deploradas”, assegura o infectologista.

Nous publions ce soir le résumé de notre article décrivant la plus grande cohorte suivie dans un seul et même centre dans le monde. Ni torsades de pointes, ni morts subites n’ont été à déplorer.https://t.co/20MqHyLedZ pic.twitter.com/JowW2yVPFk

— Didier Raoult (@raoult_didier) May 27, 2020

Portanto, o resumo do referido estudo está disponível e é final para as equipes de Didier Raoult: “O diagnóstico precoce, o isolamento precoce e o tratamento precoce com pelo menos três dias de hidroxicloroquina-azitromicina (HCQ-AZ) permitem alcançar resultados clínicos e trato significativamente melhores em pacientes com Covid-19 do que em outros tratamentos”, conclui o estudo.

Um estudo contracorrente “Diagnosticamos 6.836 pacientes (ou 10,4% dos pacientes que vieram consultar), incluindo 3.737 incluídos em nossa coorte. A idade média foi de 45 anos, 45% eram homens e a taxa de mortalidade foi de 0,9% ainda especificam os resultados do estudo. Acima de tudo, porém, e o resumo insiste, “nem as torsades de pointes (distúrbios do ritmo cardíaco) nem as mortes repentinas devem ser deploradas”. “O acompanhamento a longo prazo da triagem de fibrose (NDLR, infecção pulmonar) será o próximo desafio no manejo da Covid-19”, conclui o resumo do estudo do professor Raoult.

Com informações, Le Parisien.

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