Ao revelarem que sua filha, Lua, de 1 ano, está com um tipo raro de câncer nos olhos chamado retinoblastoma, Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, destacaram a importância de os pais estarem atentos aos primeiros sintomas da doença.
De acordo com eles, é imprescindível que o retinoblastoma seja identificado precocemente, e, para contribuir para a conscientização, o casal, geralmente discreto, decidiu revelar a situação de saúde da filha.
ENTENDA O QUE É RETINOBLASTOMAO retinoblastoma é um tumor que acomete uma ou as duas retinas, e costuma aparecer em crianças de até cinco anos, embora seja mais comum em bebês.
Segundo informações da pediatra Beatriz Beltrame, divulgadas no portal Tua Saúde, a enfermidade surge quando a retina segue se desenvolvendo e crescendo além do necessário, formando o tumor. Em geral, a disfunção é causada por uma alteração genética hereditária, mas também pode decorrer de uma mutação aleatória.
No primeiro caso, é importante que famílias que possuem histórico da doença informem o pediatra desde o nascimento da criança. Entretanto, como a doença pode surgir mesmo em crianças sem pré-disposição hereditária para tal, é importante que todos os bebês façam o teste do olhinho, se possível, na primeira semana após o nascimento.
SINTOMASEntre os sintomas mais comuns do retinoblastoma, está a presença de um reflexo branco no olho do bebê, que costuma aparecer com ainda mais ênfase em fotos com uso de flash.
Além disso, os pequenos também podem demostrar estrabismo nos olhos, apresentando movimentos considerados irregulares no globo ocular.
Os dois sintomas mencionados acima foram os sinais que levaram Leifert e Daiana a identificarem que havia algo de errado com os olhos de Lua.
– Tiago começou a perceber um movimento estranho no olhinho da Lua, com movimentos irregulares, e ele me dizia que tinha algo errado, uma luz branca estranha – relatou Daiana.
A doença, porém, também inclui outros tipos de sintomas, como alteração na cor do olho, vermelhidão persistente na região, além de dificuldades para enxergar.
TRATAMENTOSe identificado no início, o retinoblastoma pode ser facilmente tratado, sem deixar sequelas. Nesses casos em que o diagnóstico é feito precocemente, o tratamento é realizado mediante a sessões de laser ou aplicação de frio nos olhos da criança. Em ambos os casos, é aplicada anestesia geral nos pequenos.
Quando a doença já está mais avançada e se espalhou para outras regiões fora do olho, é usual que o paciente precise passar por sessões de quimioterapia. Segundo Leifert, esse tem sido o tratamento recebido por Lua, que se encontra em sua quinta sessão.
Em último caso, quando a doença evolui para um quadro mais grave, pode ser que seja preciso retirar o olho ou os olhos afetados mediante a cirurgia para impedir que a doença se espalhe para outras regiões e ofereça risco para a vida da criança.
Após a superação do retinoblastoma, o paciente deve ser levado regularmente ao pediatra para certificar que as células cancerígenas foram totalmente removidas e não retornem.
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