Presidida por Marcelo Santos, Comissão vai apurar paralisação das atividades no balneário de Piúma. Além disso, solicitou informações ao DER sobre Terminal de Itaparica e Cais das Artes.
A erosão é um problema antigo que atrapalha a vida dos moradores de Piúma. Para solucionar esta questão foi anunciada, em outubro deste ano, a construção do muro de contenção para combater o avanço da maré na orla. Com previsão de ficar pronta antes do verão de 2020, as obras não tiveram avanços desde então.
Para apurar a paralisação, o deputado estadual Marcelo Santos, como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Obras Públicas e Privadas da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, convocou o diretor da empresa responsável pelo empreendimento, Selvi José Carboni, da Mississipi Empreendimentos, para prestar esclarecimentos. A reunião será realizada na próxima segunda-feira (16/12), no Plenário Rui Barbosa, às 9h.
A obra faz parte de um convênio entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) com a Prefeitura da cidade, no valor de R$ 3,5 milhões. Além da execução de 780 metros de muro de contenção, está prevista ainda a reurbanização da orla, com 1.960 metros de meio fio de concreto, calçadão com rampas de acessibilidade, ciclovia, três decks de madeira, 37 postes com luminárias e 1.177,16 metros quadrados de recuperação da via em asfalto.
“O que era para ser um alívio para os moradores acabou se tornando uma dor de cabeça. A empresa precisa arcar com as responsabilidades que assumiu. Temos cerca de R$ 3 milhões parados, sem previsão de início e nem fim das obras. Nosso objetivo é poder trazer uma resposta para a população de Piúma, que está sendo muito prejudicada, já que os turistas não chegam ao balneário que já foi muito visitado em temporadas passadas”, disse o presidente da CPI, Marcelo Santos.
Criada em março deste ano, a CPI tem o objetivo de acompanhar as Políticas de Desenvolvimento da Infraestrutura e Logística do Estado do Espírito Santo, bem como o tráfego de veículos com documentações irregulares/adulteradas em vias públicas. Assim, Marcelo enviou ofício ao Departamento de Edificações e Rodovias (DER-ES) cobrando informações sobre o andamento e planejamento das obras do Terminal de Itaparica, interditado desde julho de 2018 e do Cais das Artes, em Vitória, com a construção parada desde 2015.
“Precisamos cobrar dos responsáveis por essas obras pelo prejuízo causado à vida do cidadão e a Comissão vai atrás desta responsabilização. Obra paralisada é gasto de dinheiro público, não investimento. Equipamentos acabam estragando, gerando uma série de prejuízos e prejudicando a retomada dos trabalhos”, finalizou o deputado.