Em entrevista concedida ao jornal O Globo publicada neste domingo (2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Ele disse que se for convocado será a décima vez que irá ao Congresso durante a pandemia e ressaltou que a população brasileira está mais preocupada em resolver problemas.
Para ele, a “CPI é parte do jogo democrático”, mas o povo quer a “preservação da vida e dos empregos”.
– Estamos em meio à pandemia. Isso é equivalente a fazer um tribunal de guerra durante a guerra contra o vírus. Para mim, é inédito. Você acha que a classe política vai sair bem disso? Foi o que eu sempre falei: subir em cadáveres para fazer política numa hora dessas… Acho que a população brasileira não vai apreciar isso. Ela quer resolver o problema. Ela quer a preservação da vida e dos empregos – afirmou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade da comissão “corrigir” os rumos do combate à pandemia, ele disse que o Brasil tem um “desafio difícil” pela frente e mostrou preocupação com o andamento das reformas.
– Eu acho que levantar o tema, de que nós vamos fazer uma CPI, já estimularia a correção de rumos. Temos um desafio difícil pela frente: evitar que a politização da crise piore a gestão da crise. Vacinação em massa e reformas é o ganha-ganha. Acho que precisa desse equilíbrio: de um lado, vamos fazer a CPI que eles acharem que é oportuno fazer, mas, por outro, não paralisem as reformas – destacou.
O ministro também falou sobre um comentário feito em relação à China na semana passada, quando afirmou que os chineses “criaram” a Covid-19 e produziam vacinas menos eficazes que os Estados Unidos. Guedes disse que sua declaração criou um ruído, mas negou qualquer movimento contra a China.
– Desde o início do governo, falei que o Brasil ia dançar com todo mundo. Nunca houve movimento meu contra a China. Eu considero aquele comentário meu dentro de um contexto. Eu quis dar o exemplo de quando a economia de mercado é forte e robusta, ela consegue se adaptar em pouco menos de um ano e criar uma vacina ainda mais eficiente do que as vacinas produzidas na própria região que está muito mais habituada a esse tipo de doença. Aí desvirtuam tudo. Eu, aliás, tomei a CoronaVac – apontou.
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